Estrada deverá desafogar o trânsito
Diario de Pernambuco
Os empregos que serão gerados com os megaprojetos previstos para Suape, como a refinaria, o estaleiro e o pólo de poliéster, não vão mexer apenas com os dois municípios vizinhos - Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho. Acredita-se que haverá um impacto considerável também no Pina e em Boa Viagem, no Recife, e em Piedade, Candeias e Barra de Jangada, no município de Jaboatão dos Guararapes, onde a procura por endereços residenciais deve se intensificar. Para evitar o estrangulamento do tráfego na área, uma via expressa já está sendo planejada com o objetivo de facilitar o deslocamento para o complexo industrial portuário.
A implantação da Via Metropolitana Sul está sendo estudada pela Agência de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem). Ela teria início no Cabanga e final na rodovia PE-60, em algum ponto entre a entrada da praia de Gaibu e o girador de Suape. Com cerca de 33 quilômetros de extensão, a via rápida é composta por duas pistas principais, com 11 metros de largura cada, duas pistas marginais, com sete metros cada, um canteiro central, canteiros laterais, ciclovia e passeios.
"Temos uma preocupação grande que é a conectividade de Suape com diversas áreas da Região Metropolitana do Recife", justifica a diretora-presidente do Condepe/Fidem, Sheilla Pinkovsky. Ela apresenta hoje o projeto da Via Metropolitana Sul no Fórum de Desenvolvimento promovido pela Associação Comercial de Pernambuco (ACP), no restaurante Boi Preto. Segundo Sheilla, a proposta preliminar da via deve ficar pronta até o final deste mês, sendo que a versão final deverá ser apresentada no início do próximo ano. Por enquanto, não há como estimar o custo da obra.
A Via Metropolitana Sul terá cinco trechos. O traçado do primeiro, que vai do Cabanga à Avenida Antônio Falcão, é semelhante ao da Via Mangue, projeto que está sendo iniciado pela Prefeitura do Recife. São 5,2 quilômetros. O segundo trecho, de 1,9 quilômetro, vai até o Viaduto Tancredo Neves, onde a via deverá se integrar à Linha Sul do Metrô. Entre o viaduto e aEstação Cajueiro Seco são mais seis quilômetros, possibilitando uma integração interessante com o fluxo que vem da BR-101 Norte.
"Depois de Cajueiro Seco o traçado muda para poder contornar a Lagoa Olho D'Água (conhecida como Lagoa do Náutico), até chegar à Estrada de Curcurana. A idéia é reverter a tendência de favelização da área da lagoa", explica o engenheiro do Condepe/Fidem, José Guelfer. Nesse ponto, a Metropolitana Sul se integra à Via Parque, que vai ligar Barra de Jangada à praia do Paiva, onde está sendo planejado um complexo turístico. E segue até o limite Jaboatão/Cabo. São mais 7,9 quilômetros, e depois segue até a PE-60 por um caminho conhecido como Estrada Velha de Barreiros.
Saída
A Via Metropolitana Sul representa uma saída rápida e segura para o Litoral Sul e Porto de Suape. Quem desce no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, por exemplo, evitaria o trânsito complicado da Estrada da Batalha. "Já há alguns estudos que apontam um aumento na demanda por imóveis em Boa Viagem. Quando esse bairro estiver completamente saturado, o crescimento vai se voltar para Piedade e Candeias, daí a importância de termos uma via como essa", observa Antônia Santamaria, gerente do Projeto Território Suape pelo Condepe/Fidem.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Barra de jangada

Barra de Jangada está localizada na foz do Rio Jaboatão, e por conta disso tem um trecho voltado para o mar e outro voltado para o rio. É o trecho de Jaboatão dos Guararapes que mais sofre com o avanço do mar.Mas vale a pena conferir de perto essa paisagem.
As águas são escuras(encontro do mar com o rio), rasas e calmas, boas para o banho de mar. Na maré baixa observam-se bancos de areia, que servem como ancoradouro para embarcações de pequeno porte.O mangue mostra sinais de recuperação devido ao avanço do mar que traz mais sal para as margens do rio que é responsável direto pelo ph ideal e recuperação do manguezal.Quem sabe em breve os caranguejos reapareçam. A areia que emoldura a orla é fina e dourada, com vegetação rasteira. Barra de Jangada conta com estrutura de bares, restaurantes, marinas e pousadas. Mas o hit é mesmo fazer o passeio de barco para a Ilha do Amor, um lugar dos mais bonitos de nosso litoral.
por sancho ferreira
As águas são escuras(encontro do mar com o rio), rasas e calmas, boas para o banho de mar. Na maré baixa observam-se bancos de areia, que servem como ancoradouro para embarcações de pequeno porte.O mangue mostra sinais de recuperação devido ao avanço do mar que traz mais sal para as margens do rio que é responsável direto pelo ph ideal e recuperação do manguezal.Quem sabe em breve os caranguejos reapareçam. A areia que emoldura a orla é fina e dourada, com vegetação rasteira. Barra de Jangada conta com estrutura de bares, restaurantes, marinas e pousadas. Mas o hit é mesmo fazer o passeio de barco para a Ilha do Amor, um lugar dos mais bonitos de nosso litoral.
por sancho ferreira
...E O PROJETO DO PAIVA CAMINHA

As obras terão a duração de 18 meses e o sistema viário começará a operar em 2010.
O governador Eduardo Campos lançou nno dia 18/10/07, às 11 horas, a pedra fundamental da primeira parceria público privada a ser implantada no Estado, na Praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. As obras, a construção de uma ponte de 320 metros de comprimento sobre o Rio Jaboatão e uma via de 6,2 km de extensão, que dará acesso ao Complexo Turístico e de Lazer do Paiva, custarão R$ 76,5 milhões. Com este novo modelo de viabilização de obras de infra-estrutura, Pernambuco sai na frente dos demais Estados brasileiros.
A Via Parque, formada pelo consórcio da Odebrecht Investimentos em Infra-estrutura e a construtora Norberto Odebrecht S/A, será a empresa concessionária responsável pelos investimentos para construção, operação e manutenção da ponte e do acesso viário à Praia do Paiva. As obras terão a duração de 18 meses e o sistema viário começará a operar em 2010. A PPP viária do Paiva é uma concessão de 33 anos. Após a construção, serão investidos adicionalmente R$ 66,7 milhões em manutenção, operação e conservação do referido sistema viário.
A primeira PPP do estado ligará a praia de Barra de Jangada à Praia do Paiva. A via de aproximadamente sete quilômetros fará a ligação da ponte com a praia do Cabo de Santo Agostinho. A Reserva do Paiva ocupará uma área de 550 hectares pertencente ao grupo Brennand e contará com 2.100 unidades de hospedagem (hotéis e moradias), campo de golfe, marina, quadras de tênis e futebol, centro hípico e shopping center. O empreendimento será lançado este ano e receberá investimentos privados de R$ 1,6 bilhão.
O projeto inclui ainda duas praças de pedágio localizadas em Barra de Jangada, no município de Jaboatão dos Guararapes e Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho; a realização do monitoramento por câmeras (Circuito Fechado de TV); a inspeção de tráfego que verifica o estado de conservação da rodovia, além de acidentes e outras ocorrências; ações de educação para humanização do trânsito, sensibilização e educação ambiental; e socorro médico pré-hospitalar, com socorristas regatistas, bem como a presença de um médico regulador intervencionista junto ao CCO – Centro de Controle Operacional. A concessionária cadastrará todos os hospitais da região para suporte no atendimento a acidentados.
As Parcerias Público-Privadas (PPPs) são uma forma mais coordenada e estruturada para estender as áreas de cooperação entre os setores público e privado, sendo um arranjo contratual entre estes setores, com acordo claro sobre os objetivos partilhados, para o estabelecimento de um serviço que, tradicionalmente, tem sido provido pelo setor público. O objetivo das PPPs é o de viabilizar a implementação de projetos que, em função do alto risco envolvido, não seriam implementados pelo setor privado e tampouco o setor público teria o dinheiro necessário para realizá-los sozinho.
O evento também contará com a participação do secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Geraldo Júlio, cuja secretaria coordena a implementação das parcerias público-privadas estaduais. Para iniciar as obras do complexo turístico Reserva do Paiva, o governo necessitava da liberação ambiental da Agência Estadual de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (CPRH). Com a liberação efetivada, a previsão é de que as obras estejam prontas em 2010. Mais detalhes no arquivo do blog de novembro 2007 (canto inferior direito do blog) .
Fonte: Governo de Pernambuco
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
A ORIGEM DO CARNAVAL
A origem do Carnaval
O CARNAVAL
São várias as versões sobre a origem da palavra CARNAVAL. No dialeto milanês CARNEVALE quer dizer: "o tempo em que se tira o uso da carne", pois o CARNAVAL é propriamente a noite anterior à quarta-feira de cinzas.
OS CARNAVAIS FAMOSOS
Os realizados em Veneza, Nice, o de Florença, Nápoles, Alemanha, Rio de Janeiro, Olinda e Salvador.
O SIGNIFICADO DO CARNAVAL
É A MAIOR MANIFESTAÇÃO DE CULTURA POPULAR DO BRASIL, ao lado do futebol. Misto de folguedo, festa e espetáculo teatral, que envolve arte e folclore. Na sua origem, o CARNAVAL surge como uma festa de rua. Porém, na maioria das grandes capitais, acabou sendo concentrado em recintos fechados, como os sambódromos e os clubes. Para muitos, a festa é apenas um show de televisão.
ACONTECEU NO IMPÉRIO ROMANO
A origem do CARNAVAL vem de uma manifestação popular anterior a era cristã, tendo se iniciado na Itália com o nome de SATURNÁLIAS, festa em homenagem a Saturno. As divindades da mitologia greco-romana, BACO e MOMO, dividiam as honras nos festejos, que aconteciam nos meses de novembro e dezembro. Durante as comemorações, em Roma, acontecia uma aparente quebra de hierarquia da sociedade, já que escravos, filósofos e tribunos se misturavam em praça pública. Com Júlio César, na expansão do Império Romano, as festas tornaram-se mais animadas e freqüentes, principalmente quando o imperador retornou do Egito. Na época ocorriam verdadeiros bacanais.
NA ERA CRISTÃ
No início da era cristã começaram a surgir os primeiros sinais de censura aos festejos mundanos na medida em que a Igreja Católica se solidificava. Querendo impor uma política de austeridade, a Igreja determinava que esses festejos só deveriam ser realizados antes da QUARESMA.
NA ITÁLIA
Os italianos então adotaram a palavra CARNEVALE "abstenção da carne", sugerindo que se poderia fazer CARNAVAL, ou o que passasse pelas suas cabeças, antes da QUARESMA, numa espécie de abuso da carne, do carnal.
O entrudo
EM PORTUGAL
A festa chegou a Portugal nos séculos XV e XVI recebendo o nome de ENTRUDO, isto é, introdução à QUARESMA, através de uma brincadeira agressiva e pesada.
O ENTRUDO
O evento tinha uma característica essencialmente gastronômica e era marcado por um divertimento, entremeado com alguma violência. Fazia-se esferas de cera bem finas com o interior cheio de água-de-cheiro e depois atirava-se nas pessoas. Os mais ousados, no entanto, começaram a injetar no interior das "laranjinhas" ou "limões-de-cheiro" substâncias mau cheirosas e impróprias e a festa foi perdendo sua alegria. Foi exatamente esse ENTRUDO violento que aportou no Brasil.
A GUERRA DO ENTRUDO
Na segunda metade do século XIX, o jornal Diário da Bahia e a Igreja Católica criticavam e pediam providências às autoridades policiais contra o ENTRUDO. Quando aproximava-se o domingo anterior à QUARESMA, todo mundo ENTRUDAVA. Apareciam pelas ruas em forma de bandos os "CARETAS" envoltos em cobertas, esteiras de catolé, folhas de árvores e abadá - uma espécie de camisa de manga curta que os negros usavam sendo bastante folgada atingindo a curva dos joelhos. O pano de saco de farinha de trigo era o preferido para a confecção do abadá. No ENTRUDO molhava-se quantos andassem pelas ruas, invadia-se casas para jogar água em alguém, não importava que fosse gente doente ou idosa.
Do Entrudo ao Carnaval
EM 1853
O ENTRUDO passou a ser reprimido, mas apesar das ordens policiais, as "laranjinhas" e gamelas com água continuavam existindo, principalmente no bairro da Sé. Foi exatamente neste período que o CARNAVAL começou a se originar de forma diferente, dividindo em duas classes: o CARNAVAL DE SALÃO e o CARNAVAL DE RUA. CARNAVAL DE SALÃO tinha a participação de brancos e de mulatos de classe média. E o CARNAVAL DE RUA contava com os negros e os mulatos pobres.
EM 1860
O Teatro São João, que ficava na Praça Castro Alves, realiza na NOITE DE SÁBADO um arrojado baile de mascarados de CARNAVAL, iniciando com músicas baseadas em trechos da ópera italiana "LA TRAVIATA", seguida por valsas, polcas e quadrilhas. O evento contava com a participação das pessoas de bom nível social, que trocavam os bailes realizados em suas casas, pelo do Teatro São João.
O PERIGO
Na época havia o "perigo" do homem formado e do negociante serem vistos mascarados e em razão disso, as casas de fantasias e cabeleireiros como os famosos "PINELLI" e "BALALAIA" mantinham especialistas em disfarces, com maquiagem e máscaras.
O CARNAVAL NOS BAIRROS
Como os bailes carnavalescos não estavam ao alcance de todos, nem de acordo com a moral de muitos, era necessário estimular a sua ida para a rua. Várias comissões passaram a ser nomeadas pelo chefe de polícia e a comissão central juntamente com diversas outras comissões paroquianas, que distribuíam máscaras, facilitavam a aquisição de outros adereços, bem como a providência de banda de música para quem quisesse brincar o CARNAVAL. Os comerciantes logo aderiram à idéia de olho no melhor faturamento, e começaram a adotar o CARNAVAL em substituição ao ENTRUDO.
EM 1870
Os mascarados avulsos, estimulados pela polícia e os bailes públicos começaram a ganhar terreno, embora as manifestações do ENTRUDO ainda se mantivessem vivas. O ambiente para a realização do CARNAVAL passou a ficar melhor com o surgimento do BANDO ANUNCIADOR, que saía às ruas convidando todos para os festejos.
ORGANIZAÇÃO E COMPETIÇÃO
Nos clubes e teatros, foram surgindo competições entre os grupos e famílias que ostentavam roupas e jóias para mostrar quais associações e entidades eram mais elegantes e grã-finas. O pioneiro Teatro São João passou a organizar seus bailes com UM ANO DE ANTECEDÊNCIA.
EM 1878
Neste ano o grupo de CARNAVAL DE RUA, "OS CAVALEIROS DA NOITE", aparecia pela primeira vez num salão em grande forma, no Teatro São João, causando um verdadeiro "ti, ti, ti", e a aparição acabou se transformando num costume.
EM 1880
Esse ano chegou com mais bailes na cidade. Salvador tinha aproximadamente 120 mil habitantes, a população mais densa do Brasil, e concentrava bons recursos financeiros e grande poder político. Havia, portanto, dinheiro, poder e fartura, e todo esse esplendor passou então a ser retratado nos salões e bailes de CARNAVAL. Vale lembrar que as roupas, adereços, enfeites, chapéus, bebidas, jóias, sapatos e meias usadas nas festas eram importadas das melhores casas de PARIS e LONDRES.
O CAMPO GRANDE - A PASSARELA OFICIAL
Ao mesmo tempo, palanques e bandas de música proliferavam por toda a cidade. Surgiam também vários clubes uniformizados, como os "ZÉ PEREIRA", "OS COMILÕES" e "OS ENGENHEIROS", fantasiados com "CABEÇORRAS" e outras máscaras. Como as comemorações cresciam, convencionou-se que o Campo Grande, ainda um terreno baldio, seria o lugar para os MASCARADOS se reunirem nos dias de CARNAVAL e, de lá, saírem em bandos.
EM 1882
Foi neste ano que o COMÉRCIO iniciou o costume de fechar as portas na TERÇA-FEIRA DE CARNAVAL, a partir das 13 horas. O CARNAVAL DE MÁSCARAS e o DESFILE DOS CLUBES, ficavam então, mais animados depois das 14 horas.
O 1º Carnaval
DO ENTRUDO AO CARNAVAL
Cinco anos antes da Proclamação da República a Cidade do Salvador, habitada por cerca de 170 mil pessoas, organizou o seu primeiro grande CARNAVAL DE RUA. Era uma festa com grande influência européia, como quase tudo o que existia no Brasil naquela época, com muito luxo, requinte e comentários elogiosos. Fortemente influenciado pelo requintado CARNAVAL DE VENEZA, na Itália, e mesclando a presença de tipos do popular CARNAVAL DE NICE, na França, o CARNAVAL DE SALVADOR deu o primeiro passo rumo à popularização com a participação de muita gente nas ruas.
COMO ERA A CIDADE - 1884
Esse ano é considerado como o 1º ANO DO CARNAVAL, do modo como ele é comemorado hoje. O CARNAVAL de 1884 pegou Salvador num período de crescimento rápido, provocado pelo progresso da agricultura em outras regiões e pelas exigências de um melhor ordenamento do espaço urbano. Respirava-se progresso por todo canto e os comerciantes já utilizavam a PUBLICIDADE nos jornais durante a festa. Tanto as pessoas que se fantasiavam, como as que esperavam o cortejo, vestiam-se a rigor, algumas em ternos de linho, polainas e chapéus.
SURGE O CLUBE CARNAVALESCO CRUZ VERMELHA
Fundado em 1º de março de 1833, o CLUBE CRUZ VERMELHA só veio a participar do CARNAVAL em 1884. O clube organizou um cortejo com rapazes e moças ricamente trajados e a novidade foi apresença de um CARRO ALEGÓRICO, com o tema "CRÍTICA AO JOGO DE LOTERIA", ricamente decorado com peças importadas da EUROPA. O cortejo saiu de uma das ruas do Comércio, subiu a Montanha, passou em frente à Barroquinha, rua Direita do Palácio (rua Chile), Direita da Misericórdia, Direita do Colégio e retornou rumo ao Politeama de Baixo (Instituto Feminino). A iniciativa foi um verdadeiro SUCESSO e ganhou milhares de aplausos e pétalas de flores dos populares que se encontravam nas ruas. O CRUZ VERMELHA mudou basicamente o CARNAVAL.
SURGE O CLUBE CARNAVALESCO FANTOCHES DA EUTERPE
Fundado em 9 de março de 1884, por um grupo de jovens da antiga Sociedade Euterpe esse clube carnavalesco foi apelidado de "FANTOCHES". O grupo era encabeçado por quatro figuras da alta sociedade: Antônio Carlos Magalhães Costa (bisavô de ACM), João Vaz Agostinho, Francisco Saraiva e Luís Tarqüínio. (seu primeiro presidente)
EM 1885 - A DISPUTA MAIOR
Começou, então na imprensa a grande disputa entre os FANTOCHES e o CRUZ VERMELHA. O DIÁRIO DE NOTÍCIAS, o jornal mais influente da época publicou, a pedido do CRUZ VERMELHA, um anúncio de UM QUARTO DE PÁGINA descrevendo a sua passeata. O FANTOCHES reagiu publicando no mesmo jornal o seu programa de festas em TRÊS COLUNAS. No CARNAVAL ambos foram às ruas com temas maravilhosos e indumentárias vindas da Europa. O carro-chefe do CRUZ VERMELHA apresentava "A FAMA" e o Fantoches "A EUROPA". Desfilaram também o "SACA ROLHAS", "OS CAVALHEIROS DE MALTA", o "CLUBE DOS CACETES", o "GRUPO DOS NENÊS", o "CAVALHEIROS DE VENEZA", o "CAVALHEIROS DE CUPIDO", o "COMPANHEIROS DO SILÊNCIO", o "CLUBE DAS PETAS", o "CLUBE DAS FITAS", o "CLUBE DA POBREZA", o "CRÍTICOS CARNAVALESCOS", o "DIÁRIO DAS PETAS", e a "COMISSÃO DO PILAR".
POVO É QUEM JULGAVA
Na época, não havia uma comissão julgadora para estabelecer quem vencia os desfiles e o julgamento era determinado pela imprensa, que media a aprovação da população através dos APLAUSOS. O CRUZ VERMELHA, mais popular sempre vencia, pois o FANTOCHES, mais ligado à aristocracia, tinha uma torcida bem menor. Todas as outras entidades representavam a classe média.
EM 1886
Os negociantes resolvem não mais abrir o comércio na TERÇA-FEIRA DE CARNAVAL. Os presidentes dos grandes clubes reuniram-se na ASSOCIAÇÃO COMERCIAL com o objetivo de estudar um ITINERÁRIO ÚNICO para todos os préstitos.
O grande carnaval da abolição
EM 1888 - O ANO DA ABOLIÇÃO
O CARNAVAL desse ano foi um dos maiores e mais famosos da história. O CRUZ VERMELHA e o FANTOCHES, irmanados pela vontade de fazer algo definitivo, deram em conjunto um grandioso BAILE NO POLITEAMA. Chegou, enfim, o dia do grande domingo de CARNAVAL. E havia muita gente pelas ruas e nas janelas, e o que mais imperava na cidade, era a ansiedade. O primeiro préstito a surgir foi o CRUZ VERMELHA com tanta coordenação, esplendor e luxo, que a multidão vibrava atirando flores sobre os carros. O segundo a desfilar foi o préstito do FANTOCHES, com a sua magnífica decoração dos carros alegóricos, graça, luxo e gosto artístico, que justificava o delírio de todos. Resultado: FANTOCHES e CRUZ VERMELHA desfilando sobre chuvas de rosas. O CARNAVAL já era uma verdadeira atração, uma realidade conseguida com muita luta e anos de esperança e já se podia, enfim, afirmar que o vencera definitivamente o ENTRUDO.
EM 1894
CARNAVAL era eminentemente da elite dos clubes CRUZ VERMELHA, FANTOCHES e outros, que desfilavam pelas ruas e freqüentavam os bailes dos Teatros São João e Politeama. A população pobre continuava a fazer apenas algumas manifestações.
EM 1895 - SURGE O PRIMEIRO AFOXÉ
Os negros nagôs organizaram o primeiro AFOXÉ, o "EMBAIXADA AFRICANA", que desfilou com roupas e objetos de adorno importados da ÁFRICA.
EM 1896
Surge o segundo AFOXÉ, o "PÂNDEGOS DA ÁFRICA", organizado também por negros. Os grupos representavam casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando seqüências de músicas e letras. Os AFOXÉS exibiam-se na BAIXA DOS SAPATEIROS, TABOÃO, BARROQUINHA e PELOURINHO. Enquanto os GRANDES CLUBES desfilavam em ÁREAS MAIS NOBRES.
O Carnaval do início do século
EM 1900 - SURGE O CLUBE CARNAVALESCO INOCENTES EM PROGRESSO
É fundado por dissidentes do CRUZ VERMELHA o clube carnavalesco "OS INOCENTES EM PROGRESSO". O nome do clube foi inspirado em um bando de meninos que passava no local cantando e tocando em latas.
EM 1905
Neste momento verificava-se na cidade uma divisão espacial muito séria. Um AFOXÉ rompeu este tácito compromisso e subiu a Barroquinha e a Ladeira de São Bento, gerando protestos, em que se lastimou a QUEBRA deste pacto, não escrito, da DIVISÃO ESPACIAL DE CLASSES E DE RITMOS no CARNAVAL.
EM 1937
Primeiro ano de realização da "MICARETA" em Feira de Santana. A ornamentação de Salvador não se perdia completamente, era carregada pelos responsáveis do tríduo momesco para o interior.
Surge um novo Afoxé
No ano do IV CENTENÁRIO DA FUNDAÇÃO DA CIDADE DO SALVADOR, foi fundado pelos estivadores do Porto de Salvador o afoxé "FILHOS DE GANDHY", como forma de homenagear o grande líder pacifista indiano assassinado em 1948, o Mahatma Ghandy.
O Trio Elétrico
EM 1950 - SURGE A DUPLA ELÉTRICA
Após observarem o desfile da famosa "VASSOURINHA", entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na Rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a DUPLA ELÉTRICA resolveu restaurar um velho Ford 1929, guardado numa garagem, e, no CARNAVAL do mesmo ano, saiu às ruas tocando seus "PAUS LÉTRICOS" em cima do carro, com o som ampliado por alto-falantes. A apresentação aconteceu às CINCO HORAS DA TARDE DO DOMINGO DE CARNAVAL, arrastando uma multidão pelas ruas do centro da cidade.
EM 1951 - SURGE O TRIO ELÉTRICO
O nome "TRIO ELÉTRICO" surge somente nesse ano, quando, pela primeira vez, apresentou-se no CARNAVAL um conjunto de TRÊS INSTRUMENTISTAS. A dupla havia convidado o amigo e músico TEMÍSTOCLES ARAGÃO para integrar o TRIO que neste ano, saiu para tocar nas ruas de Salvador numa "PICK UP CHRYSLER", modelo Fargo, maior que a "FOBICA" do ano anterior, em cujas laterais se liam em duas placas: "O TRIO ELÉTRICO".
OS INSTRUMENTISTAS
OSMAR tocava a famosa "GUITARRA BAIANA", de som agudo. DODÔ era responsável pelo "VIOLÃO-PAU-ELÉTRICO", de som grave. E ARAGÃO tocava o "TRIOLIM", como era conhecido o violão tenor, de som médio. E assim estava formado o trio musical mais famoso do CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1953
O poder público municipal resolve abolir a tradição, ameaçando o comércio do acarajé porque, tomando uma atitude não bem esclarecida, resolveu proibir qualquer tipo de fritura na via pública, invocando preceitos higiênicos. A partir daí o baiano não podia mais comer acarajé cheiroso e quentinho nos dias de CARNAVAL.
EM 1958 - A "FAXINA DO GARCIA"
Antes o que existia era uma festa local, chamada de a "FAXINA DO GARCIA". Neste ano os moradores conseguiram então do prefeito o asfaltamento de toda a área e passaram a realizar a "MUDANÇA", que mais tarde, com a política, veio denominar-se de "MUDANÇA DO GARCIA", saindo às ruas com críticas ao prefeito, governador e outras autoridades.
O Rei Momo
EM 1961
É colocada em prática a idéia do desfile do REI MOMO de rua. O primeiro REI MOMO foi o motorista de táxi e funcionário público FERREIRINHA.
EM 1962
Neste ano surge o primeiro grande BLOCO DE CARNAVAL, denominado "OS INTERNACIONAIS", composto apenas por homens. Nesta época, a todo instante "pipocava" um trio elétrico novo, mas os blocos iam para as ruas acompanhados somente de BATERIAS OU GRUPOS DE PERCUSSÃO. Surgiram também as famosas "CORDAS" e as "MORTALHAS" para brincar o CARNAVAL.
EM 1965
O "LANÇA PERFUME" surge no Carnaval do Rio de Janeiro em 1906 e em 1927, é lançado numa embalagem metálica. No ano seguinte, o uso do lança perfume passou a ter outros objetivos. Em 1965 seu uso é proibido através de decreto presidencial, que definiu a medida tachando o lança perfume de "IMORAL E RECONHECIDAMENTE PERIGOSO À SAÚDE".
A DÉCADA DE 70
Os anos 70 fizeram com que o apogeu do CARNAVAL DE SALVADOR fosse a PRAÇA CASTRO ALVES, onde todas as pessoas se encontravam e se permitiam fazer TUDO. Foi a época da liberação cultural, social e sexual.
A evolução do Trio Elétrico
Até os anos 70, os TRIOS ELÉTRICOS eram mais veículos alegóricos, ornamentados quase que exclusivamente com BOCAS SEDAN de alto-falantes. Os amplificadores eram todos com válvulas e, em cima do TRIO, ficavam apenas músicos com a guitarra baiana, o baixo e a guitarra, não existindo ainda a figura do vocalista. Ainda nos anos 70, os "NOVOS BÁRBAROS" ousaram e colocaram algumas caixas de som no TRIO, além de equipamentos transistorizados. BABY CONSUELO surge cantando pela primeira vez com um microfone ligado ao cabo de uma guitarra.
EM 1970
A música carnavalesca "COLOMBINA" é reconhecida oficialmente como o Hino do CARNAVAL DE SALVADOR.
Colombina
de Armando Sá e Miguel BritoColombina eu te ameiMas você não quisEu fui para vocêUm pierrô felizOs confetes douradosQue alguém de atirouNão fui eu quem jogouNão fui eu quem jogou.
EM 1972
A Bahiatursa passa a administrar em parceria com a Prefeitura o CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1974
Como se não bastasse tanta mudança, uma mais radical ocorreu no CARNAVAL DE 74, com o surgimento do bloco afro "ILÊ AIYÊ". A entidade que deu início ao processo de reafricanização da festa, contribuiu para a aparição do afoxé "BADAUÊ" e o renascimento do afoxé "FILHOS DE GANDHY". Era o começo do crescimento cultural do Carnaval de Salvador; que passou a enfatizar os conflitos e a protestar contra o preconceito de cor.
EM 1975
Desfilam neste ano no "CIRCUITO CENTRO" 59 blocos, 19 cordões, 9 escolas de samba, 5 afoxés e 3 clubes alegóricos. A primeira tentativa de realizar um concurso para a escolha do Rei Momo não obteve sucesso. Surge a W.R. Produções "O TRIO ELÉTRICO DODÔ E OSMAR" comemora o JUBILEU DE PRATA e retorna definitivamente à cena carnavalesca após um período de 14 anos afastado. O trio volta com uma nova formação incluindo o músico ARMANDINHO, filho de OSMAR, e muda o nome para "TRIO ELÉTRICO DE ARMANDINHO, DODÔ E OSMAR".
EM 1976
Ano em que deixou de ser usada a "MÁSCARA", introduzida no CARNAVAL DE SALVADOR desde 1834, uma forte influência francesa. Adereço indispensável para complementar as fantasias carnavalescas, a "MÁSCARA", também serviu para esconder dos olhares conhecidos e indiscretos a vergonha de um rosto eufórico. "Você me conhece" ??? Surge o trio elétrico "NOVOS BAIANOS", introduzindo junto com o "TRIO DE ARMANDINHO", o "SWING BAIANO".
EM 1977
O APACHES DO TORORÓ, bloco de índio surgido em 1969, já em processo de decadência, é literalmente invadido, em pleno desfile, por um pelotão de policiais, culminando na prisão de centenas de componentes. Neste ano desfilaram pela última vez as ESCOLAS DE SAMBA que participavam do CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1978
Apesar dos blocos de trio terem surgidos no início dos anos 70, é neste ano com o bloco "CAMALEÃO", que inicia-se a superação do amadorismo vigente entre os primeiros blocos de trio, representando, assim, um marco na emergência destes novos atores do CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1979
Dá-se o encontro entre o AFOXÉ e o TRIO ELÉTRICO, a partir da música, "ASSIM PINTOU MOÇAMBIQUE", de MORAES MOREIRA e ANTÔNIO RISÉRIO. Todo esse processo do "AFOXÉ ELETRIZADO" desembocou na música baiana atual.
O Carnaval Moderno
NA DÉCADA DE 80
No início dos anos 80, a transformação do CARNAVAL DE SALVADOR se intensificou mais ainda e coube ao pessoal do bloco "TRAZ OS MONTES", introduzir algumas inovações, tais como:
MONTAGEM DE UM TRIO ELÉTRICO COM EQUIPAMENTOS TRANSISTORIZADOS.
INSTALAÇÃO DE AR CONDICIONADO PARA REFRIGERAR E MANTER OS EQUIPAMENTOS NUMA TEMPERATURA SUPORTÁVEL.
RETIRADA POR COMPLETO DAS BOCAS SEDAN DE ALTO-FALANTES.
INSTALAÇÃO DE CAIXAS DE SOM DE FORMA RETANGULAR.
ELIMINAÇÃO DA TRADICIONAL PERCUSSÃO, QUE FICAVA NAS PARTES LATERAIS DO TRIO.
INSERÇÃO DE UMA BANDA COM BATERIA, CANTOR E OUTROS MÚSICOS EM CIMA DO CAMINHÃO.Todas estas inovações foram inspiradas e aperfeiçoadas no trabalho desenvolvido pelos "NOVOS BÁRBAROS" nos anos 70.
EM 1981
O BLOCO EVA, surgido em 1980 e considerado uma das entidades mais irreverentes e inovadoras do CARNAVAL DE SALVADOR, decide radicalizar ainda mais do que o "TRAZ OS MONTES" e contrata profissionais da área de engenharia para assinarem o cálculo estrutural do NOVO TRIO e de todo o sistema de sonorização que importou dos Estados Unidos, como uma nova mesa de som, além de vários periféricos necessários para o perfeito funcionamento do trio e da banda. Com todas estas iniciativas, o EVA fez com que todos os outros blocos fossem obrigados a investir também em seus trios. O público e a crítica passaram a notar claramente a diferença gritante entre os equipamentos usados pelo EVA e pelas demais entidades e a exigência dos cantores e das bandas também aumenta. O trio elétrico "TRAZ OS MONTES", mais potente do que no ano anterior, em lugar dos 3 MIL WATTS que garantiram o título de "campeão" em 80, foi às ruas com 15 MIL WATTS, dando condições à "BANDA SCORPIUS" de mostrar seu potencial. O "TRAZ OS MONTES" promove um desfile no Farol da Barra para o lançamento do novo "TRIO ELÉTRICO SHOW". O governador assina o Decreto n.º 27.811/81, que determina a suspensão do expediente nas repartições públicas estaduais, além da SEGUNDA E TERÇA-FEIRA, também na SEXTA-FEIRA DA SEMANA ANTERIOR.
EM 1982
Houve tanta gente nas ruas de Salvador que os tradicionais freqüentadores da Praça Castro Alves (intelectuais, profissionais liberais e travestis) ficaram irritadíssimos com a invasão do tradicional reduto liberal. Início do desaparecimento da mortalha como indumentária carnavalesca com a opção do short, bermuda ou macacão, que inclusive dominou os blocos mais avançados.
EM 1983
O CARNAVAL era tratado por áreas ou departamentos isolados, carecendo de integração, quer seja no âmbito de cada órgão, ou no relacionamento entre os mesmos. A partir deste ano, surgiram de 30 a 40 novos ritmos, segundo a W.R. Produções.
EM 1984
Através do Decreto n.º 6985/84, o prefeito cria o GRUPO EXECUTIVO DO CARNAVAL - GEC, com a finalidade de adotar medidas necessárias à realização dos festejos carnavalescos. O CARNAVAL começa a ser pensado como um produto de mercado e é o início da profissionalização e comercialização da festa. Criação de novos espaços físicos para o CARNAVAL, tendo como primeira opção o espaço do FAROL DA BARRA. São instaladas no CAMPO GRANDE as primeiras estruturas metálicas para camarotes e arquibancadas. Ano dos "CEM ANOS DE FOLIA" e para melhor fixação e definição do evento em nível de massas, optou-se pela feitura de uma marca que traduzisse o espírito histórico e comemorativo da festa. Utilizando uma mistura de tipologias, típica dos panfletos da época, a marca tem como elemento básico a figura do CORINGA, personagem que engloba diversos caracteres típicos do CARNAVAL DE SALVADOR e resume em si a história e o espírito da festa.
EM 1985
A Prefeitura de Salvador estabelece decreto fixando normas para o FLUXO DAS ENTIDADES CARNAVALESCAS.
EM 1987
O REI MOMO FERREIRINHA adoece e a comissão responsável pelo evento resolve colocar o seu filho como substituto para desfilar, sendo que o mesmo só desfilou nos anos 88 e 89.
EM 1988
Pela primeira vez, um BLOCO AFRO de grande porte, o OLODUM, desfila na BARRA. É fundada a ASSOCIAÇÃO DE BLOCOS DE TRIO - A.B.T.
A folia de hoje
NA DÉCADA DE 90
A característica da década de 90 é marcada pela preocupação nas contratações das bandas, a questão da segurança, do conforto interno, da indumentária e do "DESIGN" dos trios. Inúmeros profissionais da área de engenharia e arquitetura passam a criar projetos para os TRIOS ELÉTRICOS.
EM 1990
O prefeito de Salvador sanciona a Lei de 4.274/90, que cria o CONSELHO MUNICIPAL DO CARNAVAL, entidade representativa dos seguimentos carnavalescos, órgãos públicos e da sociedade. A RÁDIO EXCELSIOR deixa de realizar o DESFILE DO REI MOMO, e a patente é adquirida pelo HOTEL DA BAHIA e pela FEDERAÇÃO DOS CLUBES CARNAVALESCOS. Surgem os chamados BLOCOS ALTERNATIVOS assumem-se como OPÇÃO de diversão aos dias do tradicional desfile de blocos nos principais circuitos, de DOMINGO A TERÇA-FEIRA.
EM 1991
No dia 02.01 é instalado na Câmara Municipal o CONSELHO MUNICIPAL DO CARNAVAL - COMCAR. Em 07.01 o COMCAR realiza a sua primeira reunião ordinária na sede da Fundação Gregório de Mattos, da Prefeitura de Salvador. É sancionada a Lei n.º 4.322/91, PROIBINDO a realização de shows de bandas e trios elétricos na área do Farol da Barra e nas ruas adjacentes ANTES DO PERÍODO OFICIAL DO CARNAVAL. A Prefeitura de Salvador não faz a decoração de rua, sob o pretexto de falta de recursos, e o Governo do Estado assume as despesas da festa.
EM 1992
Diante da demanda, a COORDENAÇÃO DO CARNAVAL decide incorporar o BAIRRO DE ONDINA como novo espaço destinado ao CARNAVAL. Mais um ano sem a participação da Prefeitura na decoração do CARNAVAL, novamente assumida pelo Governo do Estado. A Câmara Municipal de Salvador promulga e publica a Lei n.º 4.538/92 - regulamentando os Artigos 260 e 261 da Lei Orgânica do Município - que diz respeito a ORGANIZAÇÃO DO CARNAVAL - e revoga as disposições em contrário, especialmente a Lei n.º 4.274/90.
EM 1993
O CARNAVAL é impulsionado por uma onda que marcou a sua história e o posicionou em um novo patamar de diferenciação dos festejos carnavalescos de todo o país. Foi potencializado pela explosão nacional da "AXÉ MUSIC" pelos êxitos dos empresários ligados aos BLOCOS DE TRIOS, que alcançaram novos níveis de profissionalização e montaram verdadeiras "MÁQUINAS DE FAZER SUCESSO". A Câmara Municipal de Olinda adota a Lei de Reserva de Mercado do Frevo e proíbe a execução e qualquer acorde musical que lembrasse de longe o "AXÉ MUSIC". Ressurge o "ABADÁ" como nova indumentária carnavalesca.
EM 1994
O CARNAVAL passa a ser trabalhado o ano inteiro. O desfile oficial foi regulamentado a partir de debates entre os diversos segmentos e órgãos envolvidos com a festa. Todos os serviços passam a ser contratados mediante LICITAÇÃO PÚBLICA, (algumas de abrangência nacional). É estabelecido o CONCURSO PÚBLICO para seleção das atrações, por currículo e por apresentação. O espaço físico Barra/Ondina, recebe um tratamento diferenciado com a montagem de infra-estrutura necessária ao funcionamento e à consolidação da área.
EM 1996
O CARNAVAL DE SALVADOR ganhou o mundo através da "INTERNET", possibilitando às populações de 135 países o acesso às informações básicas da folia momesca. · Nasce o CARNAVAL DO CENTRO HISTÓRICO / PELOURINHO e ruas adjacentes, a partir da necessidade e da preocupação em preservar a história e a cultura dos CARNAVAIS DE ANTIGAMENTE.Pela pesquisa:
Marlene A.Martins (poetisa)
O CARNAVAL
São várias as versões sobre a origem da palavra CARNAVAL. No dialeto milanês CARNEVALE quer dizer: "o tempo em que se tira o uso da carne", pois o CARNAVAL é propriamente a noite anterior à quarta-feira de cinzas.
OS CARNAVAIS FAMOSOS
Os realizados em Veneza, Nice, o de Florença, Nápoles, Alemanha, Rio de Janeiro, Olinda e Salvador.
O SIGNIFICADO DO CARNAVAL
É A MAIOR MANIFESTAÇÃO DE CULTURA POPULAR DO BRASIL, ao lado do futebol. Misto de folguedo, festa e espetáculo teatral, que envolve arte e folclore. Na sua origem, o CARNAVAL surge como uma festa de rua. Porém, na maioria das grandes capitais, acabou sendo concentrado em recintos fechados, como os sambódromos e os clubes. Para muitos, a festa é apenas um show de televisão.
ACONTECEU NO IMPÉRIO ROMANO
A origem do CARNAVAL vem de uma manifestação popular anterior a era cristã, tendo se iniciado na Itália com o nome de SATURNÁLIAS, festa em homenagem a Saturno. As divindades da mitologia greco-romana, BACO e MOMO, dividiam as honras nos festejos, que aconteciam nos meses de novembro e dezembro. Durante as comemorações, em Roma, acontecia uma aparente quebra de hierarquia da sociedade, já que escravos, filósofos e tribunos se misturavam em praça pública. Com Júlio César, na expansão do Império Romano, as festas tornaram-se mais animadas e freqüentes, principalmente quando o imperador retornou do Egito. Na época ocorriam verdadeiros bacanais.
NA ERA CRISTÃ
No início da era cristã começaram a surgir os primeiros sinais de censura aos festejos mundanos na medida em que a Igreja Católica se solidificava. Querendo impor uma política de austeridade, a Igreja determinava que esses festejos só deveriam ser realizados antes da QUARESMA.
NA ITÁLIA
Os italianos então adotaram a palavra CARNEVALE "abstenção da carne", sugerindo que se poderia fazer CARNAVAL, ou o que passasse pelas suas cabeças, antes da QUARESMA, numa espécie de abuso da carne, do carnal.
O entrudo
EM PORTUGAL
A festa chegou a Portugal nos séculos XV e XVI recebendo o nome de ENTRUDO, isto é, introdução à QUARESMA, através de uma brincadeira agressiva e pesada.
O ENTRUDO
O evento tinha uma característica essencialmente gastronômica e era marcado por um divertimento, entremeado com alguma violência. Fazia-se esferas de cera bem finas com o interior cheio de água-de-cheiro e depois atirava-se nas pessoas. Os mais ousados, no entanto, começaram a injetar no interior das "laranjinhas" ou "limões-de-cheiro" substâncias mau cheirosas e impróprias e a festa foi perdendo sua alegria. Foi exatamente esse ENTRUDO violento que aportou no Brasil.
A GUERRA DO ENTRUDO
Na segunda metade do século XIX, o jornal Diário da Bahia e a Igreja Católica criticavam e pediam providências às autoridades policiais contra o ENTRUDO. Quando aproximava-se o domingo anterior à QUARESMA, todo mundo ENTRUDAVA. Apareciam pelas ruas em forma de bandos os "CARETAS" envoltos em cobertas, esteiras de catolé, folhas de árvores e abadá - uma espécie de camisa de manga curta que os negros usavam sendo bastante folgada atingindo a curva dos joelhos. O pano de saco de farinha de trigo era o preferido para a confecção do abadá. No ENTRUDO molhava-se quantos andassem pelas ruas, invadia-se casas para jogar água em alguém, não importava que fosse gente doente ou idosa.
Do Entrudo ao Carnaval
EM 1853
O ENTRUDO passou a ser reprimido, mas apesar das ordens policiais, as "laranjinhas" e gamelas com água continuavam existindo, principalmente no bairro da Sé. Foi exatamente neste período que o CARNAVAL começou a se originar de forma diferente, dividindo em duas classes: o CARNAVAL DE SALÃO e o CARNAVAL DE RUA. CARNAVAL DE SALÃO tinha a participação de brancos e de mulatos de classe média. E o CARNAVAL DE RUA contava com os negros e os mulatos pobres.
EM 1860
O Teatro São João, que ficava na Praça Castro Alves, realiza na NOITE DE SÁBADO um arrojado baile de mascarados de CARNAVAL, iniciando com músicas baseadas em trechos da ópera italiana "LA TRAVIATA", seguida por valsas, polcas e quadrilhas. O evento contava com a participação das pessoas de bom nível social, que trocavam os bailes realizados em suas casas, pelo do Teatro São João.
O PERIGO
Na época havia o "perigo" do homem formado e do negociante serem vistos mascarados e em razão disso, as casas de fantasias e cabeleireiros como os famosos "PINELLI" e "BALALAIA" mantinham especialistas em disfarces, com maquiagem e máscaras.
O CARNAVAL NOS BAIRROS
Como os bailes carnavalescos não estavam ao alcance de todos, nem de acordo com a moral de muitos, era necessário estimular a sua ida para a rua. Várias comissões passaram a ser nomeadas pelo chefe de polícia e a comissão central juntamente com diversas outras comissões paroquianas, que distribuíam máscaras, facilitavam a aquisição de outros adereços, bem como a providência de banda de música para quem quisesse brincar o CARNAVAL. Os comerciantes logo aderiram à idéia de olho no melhor faturamento, e começaram a adotar o CARNAVAL em substituição ao ENTRUDO.
EM 1870
Os mascarados avulsos, estimulados pela polícia e os bailes públicos começaram a ganhar terreno, embora as manifestações do ENTRUDO ainda se mantivessem vivas. O ambiente para a realização do CARNAVAL passou a ficar melhor com o surgimento do BANDO ANUNCIADOR, que saía às ruas convidando todos para os festejos.
ORGANIZAÇÃO E COMPETIÇÃO
Nos clubes e teatros, foram surgindo competições entre os grupos e famílias que ostentavam roupas e jóias para mostrar quais associações e entidades eram mais elegantes e grã-finas. O pioneiro Teatro São João passou a organizar seus bailes com UM ANO DE ANTECEDÊNCIA.
EM 1878
Neste ano o grupo de CARNAVAL DE RUA, "OS CAVALEIROS DA NOITE", aparecia pela primeira vez num salão em grande forma, no Teatro São João, causando um verdadeiro "ti, ti, ti", e a aparição acabou se transformando num costume.
EM 1880
Esse ano chegou com mais bailes na cidade. Salvador tinha aproximadamente 120 mil habitantes, a população mais densa do Brasil, e concentrava bons recursos financeiros e grande poder político. Havia, portanto, dinheiro, poder e fartura, e todo esse esplendor passou então a ser retratado nos salões e bailes de CARNAVAL. Vale lembrar que as roupas, adereços, enfeites, chapéus, bebidas, jóias, sapatos e meias usadas nas festas eram importadas das melhores casas de PARIS e LONDRES.
O CAMPO GRANDE - A PASSARELA OFICIAL
Ao mesmo tempo, palanques e bandas de música proliferavam por toda a cidade. Surgiam também vários clubes uniformizados, como os "ZÉ PEREIRA", "OS COMILÕES" e "OS ENGENHEIROS", fantasiados com "CABEÇORRAS" e outras máscaras. Como as comemorações cresciam, convencionou-se que o Campo Grande, ainda um terreno baldio, seria o lugar para os MASCARADOS se reunirem nos dias de CARNAVAL e, de lá, saírem em bandos.
EM 1882
Foi neste ano que o COMÉRCIO iniciou o costume de fechar as portas na TERÇA-FEIRA DE CARNAVAL, a partir das 13 horas. O CARNAVAL DE MÁSCARAS e o DESFILE DOS CLUBES, ficavam então, mais animados depois das 14 horas.
O 1º Carnaval
DO ENTRUDO AO CARNAVAL
Cinco anos antes da Proclamação da República a Cidade do Salvador, habitada por cerca de 170 mil pessoas, organizou o seu primeiro grande CARNAVAL DE RUA. Era uma festa com grande influência européia, como quase tudo o que existia no Brasil naquela época, com muito luxo, requinte e comentários elogiosos. Fortemente influenciado pelo requintado CARNAVAL DE VENEZA, na Itália, e mesclando a presença de tipos do popular CARNAVAL DE NICE, na França, o CARNAVAL DE SALVADOR deu o primeiro passo rumo à popularização com a participação de muita gente nas ruas.
COMO ERA A CIDADE - 1884
Esse ano é considerado como o 1º ANO DO CARNAVAL, do modo como ele é comemorado hoje. O CARNAVAL de 1884 pegou Salvador num período de crescimento rápido, provocado pelo progresso da agricultura em outras regiões e pelas exigências de um melhor ordenamento do espaço urbano. Respirava-se progresso por todo canto e os comerciantes já utilizavam a PUBLICIDADE nos jornais durante a festa. Tanto as pessoas que se fantasiavam, como as que esperavam o cortejo, vestiam-se a rigor, algumas em ternos de linho, polainas e chapéus.
SURGE O CLUBE CARNAVALESCO CRUZ VERMELHA
Fundado em 1º de março de 1833, o CLUBE CRUZ VERMELHA só veio a participar do CARNAVAL em 1884. O clube organizou um cortejo com rapazes e moças ricamente trajados e a novidade foi apresença de um CARRO ALEGÓRICO, com o tema "CRÍTICA AO JOGO DE LOTERIA", ricamente decorado com peças importadas da EUROPA. O cortejo saiu de uma das ruas do Comércio, subiu a Montanha, passou em frente à Barroquinha, rua Direita do Palácio (rua Chile), Direita da Misericórdia, Direita do Colégio e retornou rumo ao Politeama de Baixo (Instituto Feminino). A iniciativa foi um verdadeiro SUCESSO e ganhou milhares de aplausos e pétalas de flores dos populares que se encontravam nas ruas. O CRUZ VERMELHA mudou basicamente o CARNAVAL.
SURGE O CLUBE CARNAVALESCO FANTOCHES DA EUTERPE
Fundado em 9 de março de 1884, por um grupo de jovens da antiga Sociedade Euterpe esse clube carnavalesco foi apelidado de "FANTOCHES". O grupo era encabeçado por quatro figuras da alta sociedade: Antônio Carlos Magalhães Costa (bisavô de ACM), João Vaz Agostinho, Francisco Saraiva e Luís Tarqüínio. (seu primeiro presidente)
EM 1885 - A DISPUTA MAIOR
Começou, então na imprensa a grande disputa entre os FANTOCHES e o CRUZ VERMELHA. O DIÁRIO DE NOTÍCIAS, o jornal mais influente da época publicou, a pedido do CRUZ VERMELHA, um anúncio de UM QUARTO DE PÁGINA descrevendo a sua passeata. O FANTOCHES reagiu publicando no mesmo jornal o seu programa de festas em TRÊS COLUNAS. No CARNAVAL ambos foram às ruas com temas maravilhosos e indumentárias vindas da Europa. O carro-chefe do CRUZ VERMELHA apresentava "A FAMA" e o Fantoches "A EUROPA". Desfilaram também o "SACA ROLHAS", "OS CAVALHEIROS DE MALTA", o "CLUBE DOS CACETES", o "GRUPO DOS NENÊS", o "CAVALHEIROS DE VENEZA", o "CAVALHEIROS DE CUPIDO", o "COMPANHEIROS DO SILÊNCIO", o "CLUBE DAS PETAS", o "CLUBE DAS FITAS", o "CLUBE DA POBREZA", o "CRÍTICOS CARNAVALESCOS", o "DIÁRIO DAS PETAS", e a "COMISSÃO DO PILAR".
POVO É QUEM JULGAVA
Na época, não havia uma comissão julgadora para estabelecer quem vencia os desfiles e o julgamento era determinado pela imprensa, que media a aprovação da população através dos APLAUSOS. O CRUZ VERMELHA, mais popular sempre vencia, pois o FANTOCHES, mais ligado à aristocracia, tinha uma torcida bem menor. Todas as outras entidades representavam a classe média.
EM 1886
Os negociantes resolvem não mais abrir o comércio na TERÇA-FEIRA DE CARNAVAL. Os presidentes dos grandes clubes reuniram-se na ASSOCIAÇÃO COMERCIAL com o objetivo de estudar um ITINERÁRIO ÚNICO para todos os préstitos.
O grande carnaval da abolição
EM 1888 - O ANO DA ABOLIÇÃO
O CARNAVAL desse ano foi um dos maiores e mais famosos da história. O CRUZ VERMELHA e o FANTOCHES, irmanados pela vontade de fazer algo definitivo, deram em conjunto um grandioso BAILE NO POLITEAMA. Chegou, enfim, o dia do grande domingo de CARNAVAL. E havia muita gente pelas ruas e nas janelas, e o que mais imperava na cidade, era a ansiedade. O primeiro préstito a surgir foi o CRUZ VERMELHA com tanta coordenação, esplendor e luxo, que a multidão vibrava atirando flores sobre os carros. O segundo a desfilar foi o préstito do FANTOCHES, com a sua magnífica decoração dos carros alegóricos, graça, luxo e gosto artístico, que justificava o delírio de todos. Resultado: FANTOCHES e CRUZ VERMELHA desfilando sobre chuvas de rosas. O CARNAVAL já era uma verdadeira atração, uma realidade conseguida com muita luta e anos de esperança e já se podia, enfim, afirmar que o vencera definitivamente o ENTRUDO.
EM 1894
CARNAVAL era eminentemente da elite dos clubes CRUZ VERMELHA, FANTOCHES e outros, que desfilavam pelas ruas e freqüentavam os bailes dos Teatros São João e Politeama. A população pobre continuava a fazer apenas algumas manifestações.
EM 1895 - SURGE O PRIMEIRO AFOXÉ
Os negros nagôs organizaram o primeiro AFOXÉ, o "EMBAIXADA AFRICANA", que desfilou com roupas e objetos de adorno importados da ÁFRICA.
EM 1896
Surge o segundo AFOXÉ, o "PÂNDEGOS DA ÁFRICA", organizado também por negros. Os grupos representavam casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando seqüências de músicas e letras. Os AFOXÉS exibiam-se na BAIXA DOS SAPATEIROS, TABOÃO, BARROQUINHA e PELOURINHO. Enquanto os GRANDES CLUBES desfilavam em ÁREAS MAIS NOBRES.
O Carnaval do início do século
EM 1900 - SURGE O CLUBE CARNAVALESCO INOCENTES EM PROGRESSO
É fundado por dissidentes do CRUZ VERMELHA o clube carnavalesco "OS INOCENTES EM PROGRESSO". O nome do clube foi inspirado em um bando de meninos que passava no local cantando e tocando em latas.
EM 1905
Neste momento verificava-se na cidade uma divisão espacial muito séria. Um AFOXÉ rompeu este tácito compromisso e subiu a Barroquinha e a Ladeira de São Bento, gerando protestos, em que se lastimou a QUEBRA deste pacto, não escrito, da DIVISÃO ESPACIAL DE CLASSES E DE RITMOS no CARNAVAL.
EM 1937
Primeiro ano de realização da "MICARETA" em Feira de Santana. A ornamentação de Salvador não se perdia completamente, era carregada pelos responsáveis do tríduo momesco para o interior.
Surge um novo Afoxé
No ano do IV CENTENÁRIO DA FUNDAÇÃO DA CIDADE DO SALVADOR, foi fundado pelos estivadores do Porto de Salvador o afoxé "FILHOS DE GANDHY", como forma de homenagear o grande líder pacifista indiano assassinado em 1948, o Mahatma Ghandy.
O Trio Elétrico
EM 1950 - SURGE A DUPLA ELÉTRICA
Após observarem o desfile da famosa "VASSOURINHA", entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na Rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a DUPLA ELÉTRICA resolveu restaurar um velho Ford 1929, guardado numa garagem, e, no CARNAVAL do mesmo ano, saiu às ruas tocando seus "PAUS LÉTRICOS" em cima do carro, com o som ampliado por alto-falantes. A apresentação aconteceu às CINCO HORAS DA TARDE DO DOMINGO DE CARNAVAL, arrastando uma multidão pelas ruas do centro da cidade.
EM 1951 - SURGE O TRIO ELÉTRICO
O nome "TRIO ELÉTRICO" surge somente nesse ano, quando, pela primeira vez, apresentou-se no CARNAVAL um conjunto de TRÊS INSTRUMENTISTAS. A dupla havia convidado o amigo e músico TEMÍSTOCLES ARAGÃO para integrar o TRIO que neste ano, saiu para tocar nas ruas de Salvador numa "PICK UP CHRYSLER", modelo Fargo, maior que a "FOBICA" do ano anterior, em cujas laterais se liam em duas placas: "O TRIO ELÉTRICO".
OS INSTRUMENTISTAS
OSMAR tocava a famosa "GUITARRA BAIANA", de som agudo. DODÔ era responsável pelo "VIOLÃO-PAU-ELÉTRICO", de som grave. E ARAGÃO tocava o "TRIOLIM", como era conhecido o violão tenor, de som médio. E assim estava formado o trio musical mais famoso do CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1953
O poder público municipal resolve abolir a tradição, ameaçando o comércio do acarajé porque, tomando uma atitude não bem esclarecida, resolveu proibir qualquer tipo de fritura na via pública, invocando preceitos higiênicos. A partir daí o baiano não podia mais comer acarajé cheiroso e quentinho nos dias de CARNAVAL.
EM 1958 - A "FAXINA DO GARCIA"
Antes o que existia era uma festa local, chamada de a "FAXINA DO GARCIA". Neste ano os moradores conseguiram então do prefeito o asfaltamento de toda a área e passaram a realizar a "MUDANÇA", que mais tarde, com a política, veio denominar-se de "MUDANÇA DO GARCIA", saindo às ruas com críticas ao prefeito, governador e outras autoridades.
O Rei Momo
EM 1961
É colocada em prática a idéia do desfile do REI MOMO de rua. O primeiro REI MOMO foi o motorista de táxi e funcionário público FERREIRINHA.
EM 1962
Neste ano surge o primeiro grande BLOCO DE CARNAVAL, denominado "OS INTERNACIONAIS", composto apenas por homens. Nesta época, a todo instante "pipocava" um trio elétrico novo, mas os blocos iam para as ruas acompanhados somente de BATERIAS OU GRUPOS DE PERCUSSÃO. Surgiram também as famosas "CORDAS" e as "MORTALHAS" para brincar o CARNAVAL.
EM 1965
O "LANÇA PERFUME" surge no Carnaval do Rio de Janeiro em 1906 e em 1927, é lançado numa embalagem metálica. No ano seguinte, o uso do lança perfume passou a ter outros objetivos. Em 1965 seu uso é proibido através de decreto presidencial, que definiu a medida tachando o lança perfume de "IMORAL E RECONHECIDAMENTE PERIGOSO À SAÚDE".
A DÉCADA DE 70
Os anos 70 fizeram com que o apogeu do CARNAVAL DE SALVADOR fosse a PRAÇA CASTRO ALVES, onde todas as pessoas se encontravam e se permitiam fazer TUDO. Foi a época da liberação cultural, social e sexual.
A evolução do Trio Elétrico
Até os anos 70, os TRIOS ELÉTRICOS eram mais veículos alegóricos, ornamentados quase que exclusivamente com BOCAS SEDAN de alto-falantes. Os amplificadores eram todos com válvulas e, em cima do TRIO, ficavam apenas músicos com a guitarra baiana, o baixo e a guitarra, não existindo ainda a figura do vocalista. Ainda nos anos 70, os "NOVOS BÁRBAROS" ousaram e colocaram algumas caixas de som no TRIO, além de equipamentos transistorizados. BABY CONSUELO surge cantando pela primeira vez com um microfone ligado ao cabo de uma guitarra.
EM 1970
A música carnavalesca "COLOMBINA" é reconhecida oficialmente como o Hino do CARNAVAL DE SALVADOR.
Colombina
de Armando Sá e Miguel BritoColombina eu te ameiMas você não quisEu fui para vocêUm pierrô felizOs confetes douradosQue alguém de atirouNão fui eu quem jogouNão fui eu quem jogou.
EM 1972
A Bahiatursa passa a administrar em parceria com a Prefeitura o CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1974
Como se não bastasse tanta mudança, uma mais radical ocorreu no CARNAVAL DE 74, com o surgimento do bloco afro "ILÊ AIYÊ". A entidade que deu início ao processo de reafricanização da festa, contribuiu para a aparição do afoxé "BADAUÊ" e o renascimento do afoxé "FILHOS DE GANDHY". Era o começo do crescimento cultural do Carnaval de Salvador; que passou a enfatizar os conflitos e a protestar contra o preconceito de cor.
EM 1975
Desfilam neste ano no "CIRCUITO CENTRO" 59 blocos, 19 cordões, 9 escolas de samba, 5 afoxés e 3 clubes alegóricos. A primeira tentativa de realizar um concurso para a escolha do Rei Momo não obteve sucesso. Surge a W.R. Produções "O TRIO ELÉTRICO DODÔ E OSMAR" comemora o JUBILEU DE PRATA e retorna definitivamente à cena carnavalesca após um período de 14 anos afastado. O trio volta com uma nova formação incluindo o músico ARMANDINHO, filho de OSMAR, e muda o nome para "TRIO ELÉTRICO DE ARMANDINHO, DODÔ E OSMAR".
EM 1976
Ano em que deixou de ser usada a "MÁSCARA", introduzida no CARNAVAL DE SALVADOR desde 1834, uma forte influência francesa. Adereço indispensável para complementar as fantasias carnavalescas, a "MÁSCARA", também serviu para esconder dos olhares conhecidos e indiscretos a vergonha de um rosto eufórico. "Você me conhece" ??? Surge o trio elétrico "NOVOS BAIANOS", introduzindo junto com o "TRIO DE ARMANDINHO", o "SWING BAIANO".
EM 1977
O APACHES DO TORORÓ, bloco de índio surgido em 1969, já em processo de decadência, é literalmente invadido, em pleno desfile, por um pelotão de policiais, culminando na prisão de centenas de componentes. Neste ano desfilaram pela última vez as ESCOLAS DE SAMBA que participavam do CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1978
Apesar dos blocos de trio terem surgidos no início dos anos 70, é neste ano com o bloco "CAMALEÃO", que inicia-se a superação do amadorismo vigente entre os primeiros blocos de trio, representando, assim, um marco na emergência destes novos atores do CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1979
Dá-se o encontro entre o AFOXÉ e o TRIO ELÉTRICO, a partir da música, "ASSIM PINTOU MOÇAMBIQUE", de MORAES MOREIRA e ANTÔNIO RISÉRIO. Todo esse processo do "AFOXÉ ELETRIZADO" desembocou na música baiana atual.
O Carnaval Moderno
NA DÉCADA DE 80
No início dos anos 80, a transformação do CARNAVAL DE SALVADOR se intensificou mais ainda e coube ao pessoal do bloco "TRAZ OS MONTES", introduzir algumas inovações, tais como:
MONTAGEM DE UM TRIO ELÉTRICO COM EQUIPAMENTOS TRANSISTORIZADOS.
INSTALAÇÃO DE AR CONDICIONADO PARA REFRIGERAR E MANTER OS EQUIPAMENTOS NUMA TEMPERATURA SUPORTÁVEL.
RETIRADA POR COMPLETO DAS BOCAS SEDAN DE ALTO-FALANTES.
INSTALAÇÃO DE CAIXAS DE SOM DE FORMA RETANGULAR.
ELIMINAÇÃO DA TRADICIONAL PERCUSSÃO, QUE FICAVA NAS PARTES LATERAIS DO TRIO.
INSERÇÃO DE UMA BANDA COM BATERIA, CANTOR E OUTROS MÚSICOS EM CIMA DO CAMINHÃO.Todas estas inovações foram inspiradas e aperfeiçoadas no trabalho desenvolvido pelos "NOVOS BÁRBAROS" nos anos 70.
EM 1981
O BLOCO EVA, surgido em 1980 e considerado uma das entidades mais irreverentes e inovadoras do CARNAVAL DE SALVADOR, decide radicalizar ainda mais do que o "TRAZ OS MONTES" e contrata profissionais da área de engenharia para assinarem o cálculo estrutural do NOVO TRIO e de todo o sistema de sonorização que importou dos Estados Unidos, como uma nova mesa de som, além de vários periféricos necessários para o perfeito funcionamento do trio e da banda. Com todas estas iniciativas, o EVA fez com que todos os outros blocos fossem obrigados a investir também em seus trios. O público e a crítica passaram a notar claramente a diferença gritante entre os equipamentos usados pelo EVA e pelas demais entidades e a exigência dos cantores e das bandas também aumenta. O trio elétrico "TRAZ OS MONTES", mais potente do que no ano anterior, em lugar dos 3 MIL WATTS que garantiram o título de "campeão" em 80, foi às ruas com 15 MIL WATTS, dando condições à "BANDA SCORPIUS" de mostrar seu potencial. O "TRAZ OS MONTES" promove um desfile no Farol da Barra para o lançamento do novo "TRIO ELÉTRICO SHOW". O governador assina o Decreto n.º 27.811/81, que determina a suspensão do expediente nas repartições públicas estaduais, além da SEGUNDA E TERÇA-FEIRA, também na SEXTA-FEIRA DA SEMANA ANTERIOR.
EM 1982
Houve tanta gente nas ruas de Salvador que os tradicionais freqüentadores da Praça Castro Alves (intelectuais, profissionais liberais e travestis) ficaram irritadíssimos com a invasão do tradicional reduto liberal. Início do desaparecimento da mortalha como indumentária carnavalesca com a opção do short, bermuda ou macacão, que inclusive dominou os blocos mais avançados.
EM 1983
O CARNAVAL era tratado por áreas ou departamentos isolados, carecendo de integração, quer seja no âmbito de cada órgão, ou no relacionamento entre os mesmos. A partir deste ano, surgiram de 30 a 40 novos ritmos, segundo a W.R. Produções.
EM 1984
Através do Decreto n.º 6985/84, o prefeito cria o GRUPO EXECUTIVO DO CARNAVAL - GEC, com a finalidade de adotar medidas necessárias à realização dos festejos carnavalescos. O CARNAVAL começa a ser pensado como um produto de mercado e é o início da profissionalização e comercialização da festa. Criação de novos espaços físicos para o CARNAVAL, tendo como primeira opção o espaço do FAROL DA BARRA. São instaladas no CAMPO GRANDE as primeiras estruturas metálicas para camarotes e arquibancadas. Ano dos "CEM ANOS DE FOLIA" e para melhor fixação e definição do evento em nível de massas, optou-se pela feitura de uma marca que traduzisse o espírito histórico e comemorativo da festa. Utilizando uma mistura de tipologias, típica dos panfletos da época, a marca tem como elemento básico a figura do CORINGA, personagem que engloba diversos caracteres típicos do CARNAVAL DE SALVADOR e resume em si a história e o espírito da festa.
EM 1985
A Prefeitura de Salvador estabelece decreto fixando normas para o FLUXO DAS ENTIDADES CARNAVALESCAS.
EM 1987
O REI MOMO FERREIRINHA adoece e a comissão responsável pelo evento resolve colocar o seu filho como substituto para desfilar, sendo que o mesmo só desfilou nos anos 88 e 89.
EM 1988
Pela primeira vez, um BLOCO AFRO de grande porte, o OLODUM, desfila na BARRA. É fundada a ASSOCIAÇÃO DE BLOCOS DE TRIO - A.B.T.
A folia de hoje
NA DÉCADA DE 90
A característica da década de 90 é marcada pela preocupação nas contratações das bandas, a questão da segurança, do conforto interno, da indumentária e do "DESIGN" dos trios. Inúmeros profissionais da área de engenharia e arquitetura passam a criar projetos para os TRIOS ELÉTRICOS.
EM 1990
O prefeito de Salvador sanciona a Lei de 4.274/90, que cria o CONSELHO MUNICIPAL DO CARNAVAL, entidade representativa dos seguimentos carnavalescos, órgãos públicos e da sociedade. A RÁDIO EXCELSIOR deixa de realizar o DESFILE DO REI MOMO, e a patente é adquirida pelo HOTEL DA BAHIA e pela FEDERAÇÃO DOS CLUBES CARNAVALESCOS. Surgem os chamados BLOCOS ALTERNATIVOS assumem-se como OPÇÃO de diversão aos dias do tradicional desfile de blocos nos principais circuitos, de DOMINGO A TERÇA-FEIRA.
EM 1991
No dia 02.01 é instalado na Câmara Municipal o CONSELHO MUNICIPAL DO CARNAVAL - COMCAR. Em 07.01 o COMCAR realiza a sua primeira reunião ordinária na sede da Fundação Gregório de Mattos, da Prefeitura de Salvador. É sancionada a Lei n.º 4.322/91, PROIBINDO a realização de shows de bandas e trios elétricos na área do Farol da Barra e nas ruas adjacentes ANTES DO PERÍODO OFICIAL DO CARNAVAL. A Prefeitura de Salvador não faz a decoração de rua, sob o pretexto de falta de recursos, e o Governo do Estado assume as despesas da festa.
EM 1992
Diante da demanda, a COORDENAÇÃO DO CARNAVAL decide incorporar o BAIRRO DE ONDINA como novo espaço destinado ao CARNAVAL. Mais um ano sem a participação da Prefeitura na decoração do CARNAVAL, novamente assumida pelo Governo do Estado. A Câmara Municipal de Salvador promulga e publica a Lei n.º 4.538/92 - regulamentando os Artigos 260 e 261 da Lei Orgânica do Município - que diz respeito a ORGANIZAÇÃO DO CARNAVAL - e revoga as disposições em contrário, especialmente a Lei n.º 4.274/90.
EM 1993
O CARNAVAL é impulsionado por uma onda que marcou a sua história e o posicionou em um novo patamar de diferenciação dos festejos carnavalescos de todo o país. Foi potencializado pela explosão nacional da "AXÉ MUSIC" pelos êxitos dos empresários ligados aos BLOCOS DE TRIOS, que alcançaram novos níveis de profissionalização e montaram verdadeiras "MÁQUINAS DE FAZER SUCESSO". A Câmara Municipal de Olinda adota a Lei de Reserva de Mercado do Frevo e proíbe a execução e qualquer acorde musical que lembrasse de longe o "AXÉ MUSIC". Ressurge o "ABADÁ" como nova indumentária carnavalesca.
EM 1994
O CARNAVAL passa a ser trabalhado o ano inteiro. O desfile oficial foi regulamentado a partir de debates entre os diversos segmentos e órgãos envolvidos com a festa. Todos os serviços passam a ser contratados mediante LICITAÇÃO PÚBLICA, (algumas de abrangência nacional). É estabelecido o CONCURSO PÚBLICO para seleção das atrações, por currículo e por apresentação. O espaço físico Barra/Ondina, recebe um tratamento diferenciado com a montagem de infra-estrutura necessária ao funcionamento e à consolidação da área.
EM 1996
O CARNAVAL DE SALVADOR ganhou o mundo através da "INTERNET", possibilitando às populações de 135 países o acesso às informações básicas da folia momesca. · Nasce o CARNAVAL DO CENTRO HISTÓRICO / PELOURINHO e ruas adjacentes, a partir da necessidade e da preocupação em preservar a história e a cultura dos CARNAVAIS DE ANTIGAMENTE.Pela pesquisa:
Marlene A.Martins (poetisa)
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
UMA VISÃO DO PROCESSO
O PROCESSO
O personagem principal vive uma crise moral ante uma sociedade moralista que lhe impõe formas e valores sociais para viver. Anulando de certa forma sua individualidade
Josef k, bancário, portando um homem comum, porém com uma conduta mais formal, pré-requisito para a função. Mora só, apesar de já ter idade para um relacionamento de casal segundo normas de uma sociedade. Sofre diretamente a influência da sociedade “puritana”, formal, através de seus relacionamentos no banco e onde mora, de sua senhoria que também é puritana ao extremo. Nota-se o quanto quando ela se refere a sua vizinha, insinuando que esta seja uma mulher do mundo, e na verdade é, e vive querendo expurgá-la mandá-la embora. É aí que se mostra o outro lado da sociedade, o não-puritano, o obsceno, o prazer mundano. Mas Josef k. Demonstra não se importar. Certo dia ele acorda e dá de cara com a “policia”, dizendo que ele esta preso, que esta sofrendo um processo e vai ser julgado. Essa passagem é um despertar para uma crise moral, Josef passa a viver um conflito de valores, o “puritano” e o não-puritano (que se verificará mais tarde com as mulheres que encontra), o puritano que sua posição na sociedade exigia. Polícia representa sua consciência que recrimina a sua conduta e sanciona uma prisão por ter errado, mas como se nota na obra, esta prisão não impede de ir trabalhar, de sair. Acontece que não se trata de uma prisão física, mas uma prisão moral, num plano subjetivo. Na obra tem um cena na qual a polícia pega um objeto no chão de seu quarto e pergunta-lhe o que seria?! Ele responde que é um pornógrafo. E indagado para que serve, responde que só quem tem uma mente como a dele entenderia. Isso ratifica a conduta avessa que levava nas horas livres. Na verdade era ele mesmo se perguntando; e se questionando a respeito da sua conduta, certo dia acorda com crise de consciência e se pergunta:
-eu sou uma pessoa séria, que tem uma reputação a zelar, por que vivo nesse meio de promiscuidade, pra que serve esse pornógrafo?
Ele está se questionando, se martirizando.
Por que os amigos dele estão em seu quarto, como testemunha?
Por trabalharem com ele, sabem mais que outras pessoas, seja por lhes ter confidenciado, seja por desconfiarem de alguma coisa tacitamente.
Ligam para Josef no banco e informam que primeira audiência será no domingo, ou se ele preferir, à noite. Para não atrapalhar o seu trabalho, note que é exatamente em suas horas livres que ele realizaria suas ações perturbadoras de consciência. Notem que sempre que há uma mulher, há uma troca de olhar insinuante com Josef, é nesse ponto que se destaca o lado promiscuo do personagem. Depois que ele vai ao tribunal pela primeira vez há uma cena de sexo, e ele fica horrorizado enquanto todos permanecem passivos, isso nos mostra o quanto ele se esforça para ser moralista, para disfarçar a sua predisposição para o sexo. O tribunal representa o seu mais elevado estado de consciência moral. Note que o juiz nunca aparece, alias só por foto emblemática, pois Josef não está totalmente certo de que estava errado, que tinha chegado à hora da punição ou da absolvição. Depois que ele vai ao tribunal pela primeira vez ele volta e lá uma mulher se joga em seus braços, o lugar onde é realizado o tribunal parece mais um prostíbulo, com prédios decadentes ela lhe mostra uma meia que ganhou do juiz e levantando a saia para mostrá-la Josef não resiste e passa mão na perna dela. Josef se declarava inocente para as pessoas (meio externo), mas para ele mesmo não tinha certeza, vai visitar o pintor que faz o retrato dos juizes e esse lhe diz que ele pode ser absolvido se ele mesmo se absolver se considerar seus atos normais. Ou pode adiar indeterminadamente “sugerindo esquecer as questões morais e continuar do jeito que está até a próxima crise moral”. Quando ele esta andando pelos corredores ele vê as pessoas olhando e se desespera, mas, na verdade não estão censurando-o, não está olhando, ele é que esta se imaginando observado. Os corredores sempre são grandes, representando o tempo psicológico que ele gasta com essas questões que lhe afligem o espírito.
Quando Block aparece, Josef se enciúma, demonstrando o quão envolvido está com Leni, a secretaria do advogado, ratificando o quanto ele é ligado nas questões carnais. Block também é um camarada em conflito,já fazia cinco anos que esperava o advogado, e como era demonstrado no enredo, fica no quarto trancado para não perturbar Leni, ele fica lendo e rezando no quarto. Mas, para esse também não dependia do advogado, mas dele mesmo. Não estava em sua consciência a regeneração pura. Por isso não havia sido julgado ainda “que o julgamento é do seu intimo e não de terceiros”
O chefe de Josef o manda encontrar com um grande cliente na catedral, chegando lá ele não encontra cliente algum, então ele se dirige a um padre na catedral, e este foge tal qual o diabo da cruz. Essa passagem representa como ele esta se sentindo, sentindo-se um poço de pecado em meio à santidade. O padre foge dele representando a não salvação.
Na verdade não foi o chefe que o mandou a catedral foi ele mesmo que resolveu se purificar e ir até lá, demonstrando o quanto ele se sentia pecador. Um outro padre lhe fala através de uma parábola, a do homem que quer entrar em um lugar e o porteiro não permite, supondo que para atravessar a portaria o homem tem que se perceber merecedor. O homem passa tanto tempo sentado em seu banquinho ao lado do portão refletindo a respeito daquelas palavras e já velhinho vislumbra uma luz não muito forte, mas não percebe o que seja já que não confia mais na sua visão pela sua idade, e em seguida padece sem conseguir ultrapassar da portaria. em seguida Josef é capturado de forma abrupta por dois homens, que o levam a uma espécie de pedreira. E o deitam em varias posições, procurando a melhor e mais confortável o deitam em cima de uma pedra de peito para cima então um dos homens desembainha uma faca e passa de um para o outro várias vezes, enquanto isso ele deitado olhando para cima avista uma casa em cima do penhasco e nessa casa uma janela, essa janela se abre e uma luz emana e logo desaparece nessa hora um dos homens enfiam a faca em seu peito e Josef morre. A questão do homem que quer passar pela portaria e o porteiro não deixa, não é que o porteiro não o deixa entrar, afinal ele é só o porteiro, na verdade era o homem que não se permitia entrar. O homem passou a vida toda refletindo, mas não enxergou a luz da moral, que em um momento de grande lucidez se apresentou, deste modo ele se condenou. O mesmo aconteceu com Josef ele estava num conflito tão perturbador em seus momentos finais que foi a igreja numa tentativa desesperada de encontrar a paz, não encontrou. Ou melhor, não conseguiu reencontra-la dentro de si. Nesta parte ele pede para ir embora e o padre diz:
-siga o corredor escuro! (são os pensamentos obscuros dele em seu conflito). Os homens que o conduziu á morte, na verdade não existiam eles representam a sanção a que ele se dispôs no momento do julgamento final, Josef se considera culpado e deita na pedra com a faca na mão, e sua pena é a morte, o suicídio. Em seus últimos momentos ele passa à faca de uma mão a outra, num momento de duvida, mas, mesmo a luz da moral aparecendo-lhe quando a janela se abre não compreende e se mata.
A obra trata de uma pessoa numa crise existencial moralista e nos remete a refletir o quanto à sanção moral nos é presente e capaz de traçar o caminho de nossa própria existência.
Sancho Ferreira de Farias Junior
O personagem principal vive uma crise moral ante uma sociedade moralista que lhe impõe formas e valores sociais para viver. Anulando de certa forma sua individualidade
Josef k, bancário, portando um homem comum, porém com uma conduta mais formal, pré-requisito para a função. Mora só, apesar de já ter idade para um relacionamento de casal segundo normas de uma sociedade. Sofre diretamente a influência da sociedade “puritana”, formal, através de seus relacionamentos no banco e onde mora, de sua senhoria que também é puritana ao extremo. Nota-se o quanto quando ela se refere a sua vizinha, insinuando que esta seja uma mulher do mundo, e na verdade é, e vive querendo expurgá-la mandá-la embora. É aí que se mostra o outro lado da sociedade, o não-puritano, o obsceno, o prazer mundano. Mas Josef k. Demonstra não se importar. Certo dia ele acorda e dá de cara com a “policia”, dizendo que ele esta preso, que esta sofrendo um processo e vai ser julgado. Essa passagem é um despertar para uma crise moral, Josef passa a viver um conflito de valores, o “puritano” e o não-puritano (que se verificará mais tarde com as mulheres que encontra), o puritano que sua posição na sociedade exigia. Polícia representa sua consciência que recrimina a sua conduta e sanciona uma prisão por ter errado, mas como se nota na obra, esta prisão não impede de ir trabalhar, de sair. Acontece que não se trata de uma prisão física, mas uma prisão moral, num plano subjetivo. Na obra tem um cena na qual a polícia pega um objeto no chão de seu quarto e pergunta-lhe o que seria?! Ele responde que é um pornógrafo. E indagado para que serve, responde que só quem tem uma mente como a dele entenderia. Isso ratifica a conduta avessa que levava nas horas livres. Na verdade era ele mesmo se perguntando; e se questionando a respeito da sua conduta, certo dia acorda com crise de consciência e se pergunta:
-eu sou uma pessoa séria, que tem uma reputação a zelar, por que vivo nesse meio de promiscuidade, pra que serve esse pornógrafo?
Ele está se questionando, se martirizando.
Por que os amigos dele estão em seu quarto, como testemunha?
Por trabalharem com ele, sabem mais que outras pessoas, seja por lhes ter confidenciado, seja por desconfiarem de alguma coisa tacitamente.
Ligam para Josef no banco e informam que primeira audiência será no domingo, ou se ele preferir, à noite. Para não atrapalhar o seu trabalho, note que é exatamente em suas horas livres que ele realizaria suas ações perturbadoras de consciência. Notem que sempre que há uma mulher, há uma troca de olhar insinuante com Josef, é nesse ponto que se destaca o lado promiscuo do personagem. Depois que ele vai ao tribunal pela primeira vez há uma cena de sexo, e ele fica horrorizado enquanto todos permanecem passivos, isso nos mostra o quanto ele se esforça para ser moralista, para disfarçar a sua predisposição para o sexo. O tribunal representa o seu mais elevado estado de consciência moral. Note que o juiz nunca aparece, alias só por foto emblemática, pois Josef não está totalmente certo de que estava errado, que tinha chegado à hora da punição ou da absolvição. Depois que ele vai ao tribunal pela primeira vez ele volta e lá uma mulher se joga em seus braços, o lugar onde é realizado o tribunal parece mais um prostíbulo, com prédios decadentes ela lhe mostra uma meia que ganhou do juiz e levantando a saia para mostrá-la Josef não resiste e passa mão na perna dela. Josef se declarava inocente para as pessoas (meio externo), mas para ele mesmo não tinha certeza, vai visitar o pintor que faz o retrato dos juizes e esse lhe diz que ele pode ser absolvido se ele mesmo se absolver se considerar seus atos normais. Ou pode adiar indeterminadamente “sugerindo esquecer as questões morais e continuar do jeito que está até a próxima crise moral”. Quando ele esta andando pelos corredores ele vê as pessoas olhando e se desespera, mas, na verdade não estão censurando-o, não está olhando, ele é que esta se imaginando observado. Os corredores sempre são grandes, representando o tempo psicológico que ele gasta com essas questões que lhe afligem o espírito.
Quando Block aparece, Josef se enciúma, demonstrando o quão envolvido está com Leni, a secretaria do advogado, ratificando o quanto ele é ligado nas questões carnais. Block também é um camarada em conflito,já fazia cinco anos que esperava o advogado, e como era demonstrado no enredo, fica no quarto trancado para não perturbar Leni, ele fica lendo e rezando no quarto. Mas, para esse também não dependia do advogado, mas dele mesmo. Não estava em sua consciência a regeneração pura. Por isso não havia sido julgado ainda “que o julgamento é do seu intimo e não de terceiros”
O chefe de Josef o manda encontrar com um grande cliente na catedral, chegando lá ele não encontra cliente algum, então ele se dirige a um padre na catedral, e este foge tal qual o diabo da cruz. Essa passagem representa como ele esta se sentindo, sentindo-se um poço de pecado em meio à santidade. O padre foge dele representando a não salvação.
Na verdade não foi o chefe que o mandou a catedral foi ele mesmo que resolveu se purificar e ir até lá, demonstrando o quanto ele se sentia pecador. Um outro padre lhe fala através de uma parábola, a do homem que quer entrar em um lugar e o porteiro não permite, supondo que para atravessar a portaria o homem tem que se perceber merecedor. O homem passa tanto tempo sentado em seu banquinho ao lado do portão refletindo a respeito daquelas palavras e já velhinho vislumbra uma luz não muito forte, mas não percebe o que seja já que não confia mais na sua visão pela sua idade, e em seguida padece sem conseguir ultrapassar da portaria. em seguida Josef é capturado de forma abrupta por dois homens, que o levam a uma espécie de pedreira. E o deitam em varias posições, procurando a melhor e mais confortável o deitam em cima de uma pedra de peito para cima então um dos homens desembainha uma faca e passa de um para o outro várias vezes, enquanto isso ele deitado olhando para cima avista uma casa em cima do penhasco e nessa casa uma janela, essa janela se abre e uma luz emana e logo desaparece nessa hora um dos homens enfiam a faca em seu peito e Josef morre. A questão do homem que quer passar pela portaria e o porteiro não deixa, não é que o porteiro não o deixa entrar, afinal ele é só o porteiro, na verdade era o homem que não se permitia entrar. O homem passou a vida toda refletindo, mas não enxergou a luz da moral, que em um momento de grande lucidez se apresentou, deste modo ele se condenou. O mesmo aconteceu com Josef ele estava num conflito tão perturbador em seus momentos finais que foi a igreja numa tentativa desesperada de encontrar a paz, não encontrou. Ou melhor, não conseguiu reencontra-la dentro de si. Nesta parte ele pede para ir embora e o padre diz:
-siga o corredor escuro! (são os pensamentos obscuros dele em seu conflito). Os homens que o conduziu á morte, na verdade não existiam eles representam a sanção a que ele se dispôs no momento do julgamento final, Josef se considera culpado e deita na pedra com a faca na mão, e sua pena é a morte, o suicídio. Em seus últimos momentos ele passa à faca de uma mão a outra, num momento de duvida, mas, mesmo a luz da moral aparecendo-lhe quando a janela se abre não compreende e se mata.
A obra trata de uma pessoa numa crise existencial moralista e nos remete a refletir o quanto à sanção moral nos é presente e capaz de traçar o caminho de nossa própria existência.
Sancho Ferreira de Farias Junior
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Curiosidade Egípcia
PIRÂMIDES
Das sete maravilhas do mundo antigo, as oitenta pirâmides são as únicas sobreviventes. Foram construídas por volta de 2690 a.C., a 10 km do Cairo, capital do Egito. As três mais célebres pirâmides de Gizéh (Quéops, Quéfren e Miquerinos) ocupam uma área de 129.000 m2. A maior delas (Queóps) foi construída pelo mais rico dos faraós, e empregou cem mil operários durante 20 anos. Se enfileirássemos os blocos de granito das três pirâmides, eles dariam a volta ao mundo.
"O tempo ri para todas as coisas, mas as pirâmides riem do tempo".
Curiosidades sobre as Pirâmides
- As três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas dos reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto.
- A maior delas, com 147 m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito.
- As pirâmides de Gizéh são um dos monumentos mais famosos do mundo.
- Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos (mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos.
- As valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o defunto-rei navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol.
- Apesar das complicadas medidas de segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos e grades de granito, todas as pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C.
- Existem hoje no Egito 80 pirâmides; A Grande Pirâmide, de 147 m de altura, é a maior de todas.
- Se a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões.
- Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma exatidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores e andarilhos.
- A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel em 1900, 4.500 anos depois da construção da pirâmide.
- Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando em direção à Terra. Todas as pirâmides do Egito foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente.
- Os egípcios acreditavam que, enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses.
- A construção da pirâmide foi feita com pedras justapostas, ou seja "encaixadas", sem auxílio de cimento ou qualquer material colante, e alguns blocos estão tão bem unidos que não é possível passar entre eles uma folha de papel, até mesmo uma agulha.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Tatuagem
O assunto hoje é tatuagem, a arte de ornar o corpo com desenhos, símbolos ou escrituras tornando-o no mínimo mais interessante. Daremos um breve passeio pela história da tatuagem. boa viagem.

Se formos procurar no anais da história uma referência para o surgimento desta arte nas sociedades humanas nada será encontrado. a história da tatuagem se confunde com a própria história humana. É através da arte da pré-história que podemos encontrar alguns vestígios da presença de povos que cobriam o corpo de desenhos. Nas pinturas deixadas nas cavernas podemos encontrar desenhos de formas humanas que por si detinham desenhos no corpo, indicando assim a possibilidade de que esse povo se tatuasse. Sob a mesma analogia se pode encontrar de povos pré-históricos estatuetas que tinham desenhos e símbolos em seu corpo, também podendo indicar indícios de tatuagens. Nos escritos antigos a presença desta arte também é marcante. O historiador Heródoto, que é considerado o pai da história, chegou a citar em seus livros a existência de um povo muito antigo que seria nativo do norte da europa e que tinha como costume a pintura corporal de forma definitiva, eles eram chamados de pictos, e como eles alguns outros povos da antigüidade também se tatuavam. A prova realmente concreta e indiscutível de que a arte da tatuagem acompanha o homem desde o seu surgimento ( porque até aqui só havíamos citados indícios) são as múmias; A Múmia mais antiga do mundo, que foi encontrada por turistas na Itália e que data de 5.300 anos antes de Cristo, se encontrava congelada em um bloco de gelo e tinha tatuagens acompanhando toda a espinha dorsal, além de uma cruz numa das coxas e desenhos em estilo tribal por toda a perna.Foi possível contabilizar 57 tauagens pelo seu corpo. A segunda múmia mais antiga do mundo é de uma princesa egípcia e esta detém em seu ventre um grande desenho em forma de espiral que os estudiosos relacionam com rituais de fertilidade. Se a tatuagem é tão antiga quanto a própria humanidade ,como a ciência explica o desejo do homem de se escarificar; ou seja machucar-se , em nome da arte. Na verdade , Antropólogos e sociólogos estão unidos na hipótese de que no principio o homem não começou bem com tatuagens. eles explicam que provavelmente o homem primata , algum ferimento de caça ou mesmo de guerra , fez com que gerasse nesse homem um sentimento de orgulho e até mesmo uma certa forma de status e diferenciação de força no seu grupo. A Partir desses ferimentos involuntários e da sensação que eles causavam, o homem primata começou a se escarificar de forma voluntária fazendo eles mesmos os ferimentos no corpo que com o passar do tempo foi dando espaço para a criação de desenhos e o uso de tintas vegetais e espinhos para introduzir esta tinta na pele , Depois deste inicio um tanto quanto egóico as diferenças etnias começaram a se tatuar por motivos espirituais , em rituais de diversas espécies e fins, para a guerra o outros mais. Durante a idade média, os portadores de desenhos no corpo foram brutalmente perseguidos pela inquisição . Os motivos dessa perseguição é que na maioria dos escritos bíblicos os profetas eram identificados por marcas no corpo e como a igreja que estava a serviço dos grandes senhores feudais queria acabar com os redentores do povo perseguiu duramente os tatuados que eram chamados de bruxos e que suas tatuagens representavam pactos com forças demoníacas , Essa perseguição da igreja durante algumas dezenas de anos e os diferentes povos foram assimilando essa perseguição como autêntica e hoje em dia os reflexos dessa perseguição religiosa foi transferido para uma perseguição social onde o preconceito faz com que as pessoas que são tatuadas sejam descriminadas como verdadeiros marginais e que são potencialmente nocivas a sociedade. Em 1769 o inglês james cook (o mesmo que inventou o surfe) e sua tripulação ficaram encantados ao chegar ao Taiti e ver a população local coberta de desenhos em vez de roupas Atualmente o berço da tatuagem moderna é considerado como sendo a indonésia, Até mesmo o nome inglês TATTOO é uma referencia onomatopéica ( dos indonésios) ao barulho que é produzido pela sua técnica de tatuar ( tá-tá do barulho ao se tatuar e au! Dos gritos de dor então ) Atualmente na vanguarda da tatuagem podemos encontrar uma diversidade enorme de tatuadores com seus diferentes estilos e uma infinidade de motivos a sua escolha. O gráfico mostra como se distribui as tatuagens entre homens e mulheres, e também como as mulheres superaram os homens em mais esse aspecto!

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