sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
UMA VISÃO DO PROCESSO
O personagem principal vive uma crise moral ante uma sociedade moralista que lhe impõe formas e valores sociais para viver. Anulando de certa forma sua individualidade
Josef k, bancário, portando um homem comum, porém com uma conduta mais formal, pré-requisito para a função. Mora só, apesar de já ter idade para um relacionamento de casal segundo normas de uma sociedade. Sofre diretamente a influência da sociedade “puritana”, formal, através de seus relacionamentos no banco e onde mora, de sua senhoria que também é puritana ao extremo. Nota-se o quanto quando ela se refere a sua vizinha, insinuando que esta seja uma mulher do mundo, e na verdade é, e vive querendo expurgá-la mandá-la embora. É aí que se mostra o outro lado da sociedade, o não-puritano, o obsceno, o prazer mundano. Mas Josef k. Demonstra não se importar. Certo dia ele acorda e dá de cara com a “policia”, dizendo que ele esta preso, que esta sofrendo um processo e vai ser julgado. Essa passagem é um despertar para uma crise moral, Josef passa a viver um conflito de valores, o “puritano” e o não-puritano (que se verificará mais tarde com as mulheres que encontra), o puritano que sua posição na sociedade exigia. Polícia representa sua consciência que recrimina a sua conduta e sanciona uma prisão por ter errado, mas como se nota na obra, esta prisão não impede de ir trabalhar, de sair. Acontece que não se trata de uma prisão física, mas uma prisão moral, num plano subjetivo. Na obra tem um cena na qual a polícia pega um objeto no chão de seu quarto e pergunta-lhe o que seria?! Ele responde que é um pornógrafo. E indagado para que serve, responde que só quem tem uma mente como a dele entenderia. Isso ratifica a conduta avessa que levava nas horas livres. Na verdade era ele mesmo se perguntando; e se questionando a respeito da sua conduta, certo dia acorda com crise de consciência e se pergunta:
-eu sou uma pessoa séria, que tem uma reputação a zelar, por que vivo nesse meio de promiscuidade, pra que serve esse pornógrafo?
Ele está se questionando, se martirizando.
Por que os amigos dele estão em seu quarto, como testemunha?
Por trabalharem com ele, sabem mais que outras pessoas, seja por lhes ter confidenciado, seja por desconfiarem de alguma coisa tacitamente.
Ligam para Josef no banco e informam que primeira audiência será no domingo, ou se ele preferir, à noite. Para não atrapalhar o seu trabalho, note que é exatamente em suas horas livres que ele realizaria suas ações perturbadoras de consciência. Notem que sempre que há uma mulher, há uma troca de olhar insinuante com Josef, é nesse ponto que se destaca o lado promiscuo do personagem. Depois que ele vai ao tribunal pela primeira vez há uma cena de sexo, e ele fica horrorizado enquanto todos permanecem passivos, isso nos mostra o quanto ele se esforça para ser moralista, para disfarçar a sua predisposição para o sexo. O tribunal representa o seu mais elevado estado de consciência moral. Note que o juiz nunca aparece, alias só por foto emblemática, pois Josef não está totalmente certo de que estava errado, que tinha chegado à hora da punição ou da absolvição. Depois que ele vai ao tribunal pela primeira vez ele volta e lá uma mulher se joga em seus braços, o lugar onde é realizado o tribunal parece mais um prostíbulo, com prédios decadentes ela lhe mostra uma meia que ganhou do juiz e levantando a saia para mostrá-la Josef não resiste e passa mão na perna dela. Josef se declarava inocente para as pessoas (meio externo), mas para ele mesmo não tinha certeza, vai visitar o pintor que faz o retrato dos juizes e esse lhe diz que ele pode ser absolvido se ele mesmo se absolver se considerar seus atos normais. Ou pode adiar indeterminadamente “sugerindo esquecer as questões morais e continuar do jeito que está até a próxima crise moral”. Quando ele esta andando pelos corredores ele vê as pessoas olhando e se desespera, mas, na verdade não estão censurando-o, não está olhando, ele é que esta se imaginando observado. Os corredores sempre são grandes, representando o tempo psicológico que ele gasta com essas questões que lhe afligem o espírito.
Quando Block aparece, Josef se enciúma, demonstrando o quão envolvido está com Leni, a secretaria do advogado, ratificando o quanto ele é ligado nas questões carnais. Block também é um camarada em conflito,já fazia cinco anos que esperava o advogado, e como era demonstrado no enredo, fica no quarto trancado para não perturbar Leni, ele fica lendo e rezando no quarto. Mas, para esse também não dependia do advogado, mas dele mesmo. Não estava em sua consciência a regeneração pura. Por isso não havia sido julgado ainda “que o julgamento é do seu intimo e não de terceiros”
O chefe de Josef o manda encontrar com um grande cliente na catedral, chegando lá ele não encontra cliente algum, então ele se dirige a um padre na catedral, e este foge tal qual o diabo da cruz. Essa passagem representa como ele esta se sentindo, sentindo-se um poço de pecado em meio à santidade. O padre foge dele representando a não salvação.
Na verdade não foi o chefe que o mandou a catedral foi ele mesmo que resolveu se purificar e ir até lá, demonstrando o quanto ele se sentia pecador. Um outro padre lhe fala através de uma parábola, a do homem que quer entrar em um lugar e o porteiro não permite, supondo que para atravessar a portaria o homem tem que se perceber merecedor. O homem passa tanto tempo sentado em seu banquinho ao lado do portão refletindo a respeito daquelas palavras e já velhinho vislumbra uma luz não muito forte, mas não percebe o que seja já que não confia mais na sua visão pela sua idade, e em seguida padece sem conseguir ultrapassar da portaria. em seguida Josef é capturado de forma abrupta por dois homens, que o levam a uma espécie de pedreira. E o deitam em varias posições, procurando a melhor e mais confortável o deitam em cima de uma pedra de peito para cima então um dos homens desembainha uma faca e passa de um para o outro várias vezes, enquanto isso ele deitado olhando para cima avista uma casa em cima do penhasco e nessa casa uma janela, essa janela se abre e uma luz emana e logo desaparece nessa hora um dos homens enfiam a faca em seu peito e Josef morre. A questão do homem que quer passar pela portaria e o porteiro não deixa, não é que o porteiro não o deixa entrar, afinal ele é só o porteiro, na verdade era o homem que não se permitia entrar. O homem passou a vida toda refletindo, mas não enxergou a luz da moral, que em um momento de grande lucidez se apresentou, deste modo ele se condenou. O mesmo aconteceu com Josef ele estava num conflito tão perturbador em seus momentos finais que foi a igreja numa tentativa desesperada de encontrar a paz, não encontrou. Ou melhor, não conseguiu reencontra-la dentro de si. Nesta parte ele pede para ir embora e o padre diz:
-siga o corredor escuro! (são os pensamentos obscuros dele em seu conflito). Os homens que o conduziu á morte, na verdade não existiam eles representam a sanção a que ele se dispôs no momento do julgamento final, Josef se considera culpado e deita na pedra com a faca na mão, e sua pena é a morte, o suicídio. Em seus últimos momentos ele passa à faca de uma mão a outra, num momento de duvida, mas, mesmo a luz da moral aparecendo-lhe quando a janela se abre não compreende e se mata.
A obra trata de uma pessoa numa crise existencial moralista e nos remete a refletir o quanto à sanção moral nos é presente e capaz de traçar o caminho de nossa própria existência.
Sancho Ferreira de Farias Junior
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Curiosidade Egípcia
Das sete maravilhas do mundo antigo, as oitenta pirâmides são as únicas sobreviventes. Foram construídas por volta de 2690 a.C., a 10 km do Cairo, capital do Egito. As três mais célebres pirâmides de Gizéh (Quéops, Quéfren e Miquerinos) ocupam uma área de 129.000 m2. A maior delas (Queóps) foi construída pelo mais rico dos faraós, e empregou cem mil operários durante 20 anos. Se enfileirássemos os blocos de granito das três pirâmides, eles dariam a volta ao mundo.
"O tempo ri para todas as coisas, mas as pirâmides riem do tempo".
Curiosidades sobre as Pirâmides
- As três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas dos reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto.
- A maior delas, com 147 m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito.
- As pirâmides de Gizéh são um dos monumentos mais famosos do mundo.
- Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos (mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos.
- As valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o defunto-rei navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol.
- Apesar das complicadas medidas de segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos e grades de granito, todas as pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C.
- Existem hoje no Egito 80 pirâmides; A Grande Pirâmide, de 147 m de altura, é a maior de todas.
- Se a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões.
- Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma exatidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores e andarilhos.
- A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel em 1900, 4.500 anos depois da construção da pirâmide.
- Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando em direção à Terra. Todas as pirâmides do Egito foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente.
- Os egípcios acreditavam que, enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses.
- A construção da pirâmide foi feita com pedras justapostas, ou seja "encaixadas", sem auxílio de cimento ou qualquer material colante, e alguns blocos estão tão bem unidos que não é possível passar entre eles uma folha de papel, até mesmo uma agulha.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Tatuagem
Por sancho ferreira
Aquecimento Global e o Efeito Estufa
O Aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão—um aumento da temperatura média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura ainda é objecto de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenômeno. Para entender melhor o aquecimento global é necessário entender o que seria o tão falado Efeito Estufa.
O carbono presente na atmosfera garante uma das condições básicas para a existência de vida no planeta: a temperatura. A Terra é aquecida pelas radiações infravermelhas emitidas pelo Sol até uma temperatura de -27oC. Essas radiações chegam à superfície e são refletidas para o espaço. O carbono forma uma redoma protetora que aprisiona parte dessas radiações infravermelhas e as reflete novamente para a superfície. Isso produz um aumento de 43oC na temperatura média do planeta, mantendo-a em torno dos 16oC. Sem o carbono na atmosfera a superfície seria coberta de gelo. O excesso de carbono, no entanto, tenderia a aprisionar mais radiações infravermelhas, produzindo o chamado efeito estufa: a elevação da temperatura média a ponto de reduzir ou até acabar com as calotas de gelo que cobrem os pólos. Os cientistas ainda não estão de acordo se o efeito estufa já está ocorrendo, mas preocupam-se com o aumento do dióxido de carbono na atmosfera a um ritmo médio de 1% ao ano. A queima da cobertura vegetal nos países subdesenvolvidos é responsável por 25% desse aumento. A maior fonte, no entanto, é a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, principalmente nos países desenvolvidos. O Japão é o que tem registrado maior crescimento: de 1985 a 1989, sua emissão de dióxido de carbono passa de 265 milhões de toneladas por ano para 299 milhões. Novo dilúvio – Pesquisas realizadas pela Nasa mostram que a temperatura média do planeta já subiu 0,18oC desde o início do século. Nos anos 80, fotos tiradas pelo satélite meteorológico Nimbus em um período de 15 anos registram a diminuição do perímetro de gelo em volta dos pólos. Supondo o efeito estufa em ação, os cientistas projetam um cenário de dilúvio: o aquecimento do ar aumenta a evaporação da água do mar, cria um maior volume de nuvens, faz crescer o nível de chuvas e altera o regime dos ventos. Haveria chuvas intensas em áreas hoje desérticas, como o norte da África e o nordeste do Brasil, e faltaria água em regiões férteis, como o meio-oeste dos EUA. O degelo das calotas polares elevaria o nível do mar, inundando ilhas e áreas costeiras. Holanda, Bangladesh, Miami, Rio de Janeiro e parte de Nova York, por exemplo, sumiriam do mapa. O aumento da temperatura global também provocaria a multiplicação de ervas daninhas e insetos e a transferência das pragas de clima quente – como a mosca tsé-tsé, que vive no centro da África – para regiões de clima frio. A absorção do excesso de dióxido de carbono faria a vegetação crescer mais rapidamente e retirar mais nutrientes do solo. Segundo essas projeções, as florestas temperadas só sobreviveriam no Canadá.
fonte brasilescola.com